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“Se alguém vai morrer, que seja você”, pensou mulher antes de matar marido e esconder corpo no freezer em SC

Suspeita disse que "eu vou cumprir pena, vou para a cadeia mas nunca me senti tão livre"

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Polícia Civil/divulgação
Foto: Polícia Civil/divulgação

Em entrevista ao jornalista Beto Ribeiro, Claudia Fernandes Tavares Hoeckler, de 40 anos, suspeita de matar o marido Valdemir Hoeckler, de 52 anos, e esconder o corpo da vítima por quase uma semana no freezer da própria casa, confessou o assassinato e contou o que teria motivado o crime.

O crime foi cometido no dia 14 de novembro e duas situações envolvendo o ambiente de trabalho de Claudia também teriam motivado o assassinato, segundo a suspeita. O aparecimento de Valdemir em uma confraternização com colegas de trabalho de Claudia e a proibição de viajar com as amigas profissionais teriam a chateado e motivado agressões do marido contra ela.

“Eu pedi para ele para viajar e ele disse que se eu fosse ele me mataria quando eu voltasse. Me deu um surto e pensei ‘se alguém vai morrer, que seja você’. Claudia confessou ter dado remédio para o marido dormir e cerca de uma hora depois asfixiou Valdemir até a morte. “Eu pensava que não dava mais para aguentar aquela vida. Na hora eu peguei a sacola e coloquei na cabeça dele, eu não tinha coragem de outro jeito”, confessou.

Ao ser questionada se pensou em desistir de cometer o crime, Claudia disse que se ele acordasse ele ia matá-la e por isso “ou era ela ou era ele”. “Eu joguei ele no lençol e arrastei o corpo até o freezer”, disse a suspeita, que teria arrastado o corpo sozinha. Após o assassinato, ela foi viajar com as colegas do trabalho. Depois de retornar, Claudia registrou um boletim de ocorrência informando o desaparecimento do marido, na sexta-feira (18), a suspeita prestou depoimento. Na noite de sábado (19), após ela autorizar que policiais fossem até a casa para fazer perícia o corpo da vítima foi encontrado.

Agressões

A suspeita afirmou para Beto Ribeiro que era agredida fisicamente, moralmente e sexualmente pela vítima. As agressões teriam iniciado após ela, anos atrás, pedir para terminar o relacionamento. Entretanto, Claudia afirmou que foi agredida constantemente ao longo dos anos e que teria tentado fugir três vezes, mas após conversas, acreditou que a relação mudaria.

“Ele dizia que ia me matar e ia me tirar minha filha. Vivíamos sob pressão, tínhamos que mostrar estar bem para ficar bem, eu estava sempre entre a cruz e a espada”, relembra. “Uma vez ele tentou me matar, passamos a noite inteira dentro do quarto com ele dizendo que ia me matar”, complementa.

Início da relação

A relação com a vítima começou quando a suspeita tinha 17 anos e impulsionada pela mãe, que acreditava que Valdemir era um homem maduro e que ela deveria “dar uma chance”, após isso ela se apaixonou e o casal namorou durante quatro meses, até Claudia descobrir que ele era casado e tinha três filhos. “No início eu me senti protegida, vi uma pessoa que gostava de mim. Quando ele contou da família eu já estava apaixonada e acabei aceitando”, relembra.

Quando a mãe da suspeita descobriu sobre a família de Valdemir, proibiu a relação dos dois, entretanto, o casal continuou se encontrando às escondidas até ela engravidar e ser expulsa de casa. “No começo eu e Valdemir pensamos em um aborto, mas eu desisti da ideia e disse que ia ficar com ela, mas quando estava pra nascer eu fui para doar ela”, contou a suspeita para Beto Ribeiro. Claudia decidiu cuidar da filha após segurá-la nos braços.

A suspeita afirmou que nesse momento a relação entre ela e a vítima terminou. “Eu gostava dele, e depois ele acabou me obrigando a ficar com ele. Ele dizia ‘quem que iria me querer, mãe solteira. Quem iria ficar comigo?'”. Em seguida, Valdemir teria começado a agredi-la, após ela pedir para terminar, pois “queria viver a sua vida. Ele ameaçava tirar minha filha de mim”.

Abusos na infância

Claudia ainda relembrou a infância difícil à espera do pai e a relação com a mãe e o padrasto. “Eu sonhava em ter uma família”, disse a suspeita, que contou que a padrasto “mexia nas partes íntimas” dela quando a Claudia tinha 12 anos.

Segundo a Polícia Civil de Lacerdópolis, no Meio Oeste de Santa Catarina, estava desaparecido desde a última segunda-feira (14). Desde então, policiais militares, bombeiros e voluntários o procuravam na região e, na noite de sábado (19), o corpo da vítima foi encontrado no freezer da própria casa.

Confira a entrevista completa para Beto Ribeiro:

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