Mulher atrai ex-marido para emboscada e o mata com ajuda do filho; Justiça aumenta pena
Tribunal de Justiça de Santa Catarina aumentou a condenação após recurso do Ministério Público
• Atualizado
Mãe e filho que mataram o pai em Criciúma tiveram as penas aumentadas após recurso do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). A mulher passou de 18 anos para 30 anos e 1 mês de prisão, enquanto o filho teve a pena aumentada de 16 para 25 anos e 10 meses, ambos em regime fechado. Eles foram condenados por homicídio triplamente qualificado.
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O Tribunal de Justiça aceitou o pedido do MPSC porque o crime aconteceu na presença de uma adolescente e de um bebê, além de ter sido cometido em uma casa que, mesmo com mudança provisória, ainda pertencia à vítima. A dupla também premeditou o assassinato, adulterou a cena do crime, limpou o local e afundou o celular da vítima para dificultar as investigações.
O crime ocorreu em novembro de 2022, quando Edson, de 43 anos, foi atraído à casa onde morou por mais de 20 anos com a família. Ele estava separado da ex-mulher há mais de um mês e buscava oficializar o divórcio. No dia em que foi assassinado, recebeu mensagens da ex-esposa para buscar documentos pessoais, mas ao chegar foi esfaqueado 24 vezes pela mãe e pelo filho.
Segundo o MPSC, o homicídio teve como motivação o desejo de lucro financeiro. Mãe e filho queriam receber o seguro de um financiamento bancário quitado com a morte da vítima, além da pensão por morte. Eles também sacaram o FGTS de Edson, mais de R$ 11,5 mil, e deram entrada em ação de inventário.
A condenação considerou três qualificadoras: motivo torpe, pelo interesse financeiro; emprego de meio cruel, pelo sofrimento da vítima; e traição, porque a mulher usou da confiança do ex-marido para atraí-lo ao local.
Os réus seguem presos preventivamente e tiveram negado o direito de recorrer em liberdade.
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