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Violência

Mulher é assaltada e agredida por pessoa em situação de rua no Centro de Florianópolis

Em entrevista ao SCC10, a vítima relata que foi agredida na rua Bucão Viana, no Centro de Florianópolis, quando voltava da manicure

• Atualizado

Giovanna Pacheco

Por Giovanna Pacheco

Foto: cedido/Thainá Dalmagro
Foto: cedido/Thainá Dalmagro

A analista de tecnologia, Thainá Dalmagro, de 31 anos, foi assaltada e espancada por uma mulher em situação de rua na terça-feira (9) e o caso tem repercutido desde então. Em entrevista ao SCC10, a vítima relata que foi agredida na rua Bucão Viana, no Centro de Florianópolis, quando voltava da manicure.

Ela afirma que a mulher estava acompanhada do namorado, também em situação de rua, e estava visivelmente alterada e agressiva quando a abordou:

“Ela me cobrou um cigarro, falei que não tinha mas que podia comprar pra ela. Foi quando ela me empurrou, eu caí no chão e eu então peguei a minha mochila para eles não roubarem. Eu não larguei de jeito nenhum porque dentro da minha mochila tinha o meu notebook, que é material de trabalho, meus documentos, tudo que eu dependo pra viver. Meu celular, por exemplo, nem terminei de pagar.”

Thainá ainda descreve que a suspeita bateu sua cabeça no chão mais de sete vezes e pedia para ela soltar a mochila. Enquanto isso o homem ficava ao lado, sem agredi-la, aparentemente esperando para poder pegar a mochila.

“Foi quando eu comecei a sangrar muito no rosto, parei de enxergar e comecei a gritar. Depois que eu gritei eles saíram correndo e ela pegou meu chinelo. Eu vivi um momento de terror, além de estar machucada ninguém que estava no local me deu sequer um apoio. Eu me senti totalmente encurralada.”

Logo depois, ela se apoiou pela rua e conseguiu parar em um bar. De lá, conseguiu usar o celular para pedir ajuda. A Polícia Militar então foi até o local para ajudá-la, encaminhá-la ao hospital e procurar pela suspeita.

Tanto a vítima quanto o Comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar, Tenente Coronel Serafin, afirmam que a rua é muito escura e tem diversas pessoas em situação de rua. “Eu já estava evitando ir ao centro por causa dessa situação na região. Eu já tinha medo de lá, só fui porque tinha marcado de fazer as unhas” com a manicure que sempre faço”, comenta a Thainá.

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Suspeita tem 11 passagens pela polícia e foi presa pela PM

Após a agressão, a Polícia Militar iniciou buscas pela suspeita, que fugiu com o namorado. Segundo o Comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar, Tenente Coronel Serafin, as equipes fizeram monitoramento de imagens que pudessem rastreá-la.

Então, nesta quinta-feira (11), os policiais encontraram um casal que tinha as mesmas características descritas por Thainá. A suspeita estava com as mesmas roupas utilizadas no dia do crime e utilizava o chinelo da vítima. Ela foi presa e encaminhada à Delegacia para os procedimentos cabíveis.

O Comandante frisa que a mulher tem 28 anos e 11 passagens pela polícia por roubo, furto, lesão corporal, posse de drogas e receptação.

O namorado da suspeita não foi preso.

Prefeitura de Florianópolis se posiciona sobre o caso

Procurada pela equipe do SCC10, a Prefeitura de Florianópolis afirma, por nota, que faz diariamente abordagens de pessoas em situação de rual para que depois sejam encaminhadas para serviços de acolhimento. Confira a nota na íntegra:

A Prefeitura de Florianópolis, por meio das secretarias de Assistência Social e Segurança e Ordem Pública, realiza diariamente abordagens de pessoas em situação de rua através das equipes de Resgate Social, Abordagem e Sensibilização, DOA e Guarda Municipal, e, posteriormente, o encaminhamento para os serviços de acolhimento fornecidos pela PMF. Atualmente, a administração municipal oferece acolhimento em abrigos como a Passarela da Cidadania e Hotel Social, alimentação, através do Restaurante Popular, e outros benefícios por meio do Centro Pop (Centro de Referência para Pessoas em Situação de Rua).

Vale ressaltar ainda que a PMF vem intensificando as ações para que violações como essa não aconteçam. O caso em questão foi prontamente atendido pela Polícia Militar, que tomou as medidas cabíveis.

Confira comentário de Roberto Azevedo

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