Mulher agredida com mais de 60 socos passa por cirurgia para reconstruir rosto

A mulher brutalmente agredida com 61 socos dentro de um elevador, em Natal, passou por uma cirurgia de reconstrução facial que durou cerca de sete horas, na noite desta sexta-feira (1º). A intervenção, realizada pela equipe do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN/Ebserh), envolveu múltiplas áreas do rosto e foi considerada de alta complexidade pelos especialistas.

Segundo o cirurgião buco-maxilo-facial Kerlison Paulino de Oliveira, a paciente apresentava fraturas graves na mandíbula, no maxilar superior, no osso zigomático (conhecido como maçã do rosto) e também sofreu um trauma nasal mais discreto.

“Não chegamos a contar o número de fraturas, mas havia lesões extensas e bastante fragmentadas em diferentes regiões da face”, relatou o médico Oliveira.

Reconstrução facial com risco de sequelas

Para estabilizar os ossos atingidos, a equipe utilizou placas e parafusos. Em alguns trechos, o espaçamento entre os fragmentos era tão grande que foi preciso aplicar placas mais rígidas para garantir firmeza.

Apesar de o procedimento ter transcorrido conforme o planejado, os profissionais alertam que a possibilidade de sequelas permanentes é alta.

“Lidamos com fragmentos distantes entre si. Mesmo com fixação adequada, há risco significativo de comprometimentos funcionais ou estéticos”, informou a equipe médica.

A paciente segue internada em observação, e a princípio não foi necessária a transferência para a UTI. A previsão é de que ela permaneça hospitalizada por pelo menos dois dias. “Vou avaliá-la novamente ainda esta noite para definir os próximos passos”, completou o cirurgião.

Relembre o caso da mulher agredida com socos dentro de elevador:

*As informações são do SBT News.

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