MPSC denuncia médico por morte de influenciador durante tatuagem com anestesia
Procedimento sem exames prévios levou à parada cardiorrespiratória
• Atualizado
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou um médico de 34 anos por homicídio culposo após a morte do influenciador Ricardo Godói, de 45 anos, durante a realização de uma tatuagem com anestesia geral. O caso aconteceu em janeiro deste ano, em Itapema, no Litoral Norte.
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MPSC denuncia médico por morte de influenciador durante tatuagem
Segundo a denúncia da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Itapema, o médico foi negligente ao aplicar a anestesia sem conhecer o histórico de saúde do paciente e sem pedir exames básicos, como eletrocardiograma e raio-X do tórax. Esses exames são especialmente importantes em pessoas com mais de 40 anos e histórico de hipertensão – como era o caso da vítima.
Ainda conforme o Ministério Público, o médico conheceu Ricardo apenas no momento do procedimento e mesmo assim aplicou a anestesia geral, o que vai contra regras do Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina. Logo após a aplicação, o influenciador sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu no local.
Na sexta-feira (4), foi feita uma audiência para tentar um acordo que evitaria o processo criminal, mas o médico recusou. Por isso, a Promotoria decidiu apresentar formalmente a denúncia à Justiça.
“Diante disso, não restou alternativa senão o oferecimento da denúncia”, explicou o promotor de Justiça Leonardo Fagotti Mori. O Ministério Público agora pede que o médico seja julgado, punido e que haja reparação dos danos causados à família da vítima.
Quem era Ricardo Godói?
Ricardo Godói era influenciador digital, empresário e bastante conhecido nas redes sociais, onde somava mais de 220 mil seguidores. Ele mostrava seu estilo de vida de alto padrão e era CEO da Godoi Group, uma empresa especializada na importação e venda de carros superesportivos, como Ferraris, Porsches e Lamborghinis. Ricardo se apresentava como “importador especialista de Super Carros” e era casado.
O caso segue em andamento na Justiça de Santa Catarina.
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