MP investiga caso de gordofobia cometida por professoras contra criança de três anos
O Ministério Público foi acionado para investigar a atitude de seis funcionárias, entre elas a diretora da escola, que fizeram uma aposta sobre o peso de um aluno de três anos
• Atualizado
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) investiga uma denúncia de discriminação, praticada por professoras, contra um menino de três anos. A criança foi vítima de gordofobia dentro de uma escola pública.
O episódio aconteceu na Creche Municipal Leda Tavares, em Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro. O Ministério Público foi acionado para investigar a atitude de seis funcionárias, entre elas a diretora da escola, que fizeram uma aposta sobre o peso de um aluno de três anos.
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A denúncia foi encaminhada pela vereadora de Nova Friburgo, Priscila Pitta (Cidadania), após ter sido procurada por outras três professoras e pela mãe do menino. “Elas fizeram um bolão para descobrir quantas ‘arrobas’ a criança tinha. Essa criança estava dentro da sala de aula, foi retirada da sala de aula, levada até a cozinha dessa unidade pra ser pesada, pra ver quem é que tinha ganhado o bolão”, conta a parlamentar.
Cada servidora apostou R$ 10. A ganhadora do bolão enviou uma mensagem cobrando o prêmio. A mãe da criança, que prefere não se identificar, está inconformada. “Você deixa seu filho na escola pra ser cuidado, não pra ele ficar sofrendo bullying, comparado, sendo pesado como boi, porque ele foi comparado com boi, porque arroba quem tem é boi, não uma criança”, contou.
A Prefeitura de Nova Friburgo afastou as educadoras e abriu um processo disciplinar para investigar o que classificou como “violência institucional por parte das servidoras”. A diretora da creche pediu exoneração do cargo.
“Ele foi vítima de bullying, de racismo, né? Ele é uma criança negra, humilde. Vindo de educadoras, não é possível”, concluiu a mãe da criança.
O prefeito de Nova Friburgo, Johnny Maycon, repudiou o caso e pediu apuração dos fatos. Informou, ainda, que abriu processo administrativo disciplinar para apuração do ocorrido e determinou a remessa de cópia integral dos autos ao Ministério Público para as apurações cabíveis na esfera criminal e da infância e juventude.
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