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Suspensão inquérito

Moraes determina suspensão inquérito sobre retirada de corpos da mata no Complexo da Penha

Decisão do ministro do STF ocorre após operação policial que resultou em 121 mortes

• Atualizado

Redação

Por Redação

Moraes determina suspensão inquérito sobre retirada de corpos da mata no Complexo da Penha – Imagem: Reprodução/SBT
Moraes determina suspensão inquérito sobre retirada de corpos da mata no Complexo da Penha – Imagem: Reprodução/SBT

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou, nesta segunda-feira (10), a suspensão imediata do inquérito policial que investiga a remoção de corpos de uma área de mata no Complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro. A decisão foi tomada no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, conhecida como ADPF das Favelas, da qual Moraes é relator temporário.

A medida acontece após a megaoperação policial de 28 de outubro contra o Comando Vermelho (CV), que resultou em 121 mortes. Depois do confronto, moradores da região levaram mais de 70 corpos para a praça São Lucas, uma das principais da comunidade.

O secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, criticou a remoção dos corpos. Segundo ele, alguns corpos foram despidos para ocultar elementos que poderiam associar as vítimas ao tráfico, como roupas camufladas e armas. Curi também informou que a 22ª Delegacia de Polícia da Penha havia instaurado um inquérito para investigar possível fraude processual.

Na decisão, Moraes determinou que o delegado responsável pelo caso preste informações em até 48 horas sobre o motivo da abertura do inquérito. Além disso, solicitou que as autoridades do Rio de Janeiro enviem laudos necroscópicos, imagens das câmeras corporais dos policiais e relatórios sobre prisões e mortes ocorridas durante a operação.

A decisão do STF ocorre diante de relatos de possíveis violações de direitos humanos, dificuldades de acesso aos laudos periciais e indícios de descumprimento das determinações da Corte quanto à preservação da cena dos confrontos e da cadeia de custódia das provas.

Em nota, a Polícia Civil esclareceu que o inquérito não investiga familiares das vítimas, mas busca apurar ordens de chefes de facções para tentar esconder vínculos dos mortos com a organização criminosa.

Com informações de SBT News.

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