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BRASÍLIA

Ministro afirma que atentado contra o STF não é caso isolado e culpa governo Bolsonaro

Atentado em Brasília ocorreu na última quarta-feira (13)

• Atualizado

Isabéli Bender

Por Isabéli Bender

Ministro afirma que atentado contra o STF não é caso isolado. – Foto: Internet/Reprodução
Ministro afirma que atentado contra o STF não é caso isolado. – Foto: Internet/Reprodução

Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que o atentado em Brasília, na última quarta-feira (13), na Praça dos Três Poderes, não é um caso isolado. Segundo ele, ao menos três outros atos desta natureza foram registrados nos últimos quatro anos.

“Muito embora o extremismo e a intolerância tenham atingido o paroxismo em 8 de janeiro de 2023, a ideologia rasteira que inspirou a tentativa de golpe de Estado não surgiu subitamente”, afirmou Gilmar Mendes, durante sessão plenária, nesta quinta-feira (14).

“O discurso de ódio, o fanatismo político e a indústria de desinformação foram largamente estimulados pelo governo anterior”, acrescentou Mendes.

Mendes citou desde os disparos de fogos de artifício contra o STF, ainda em 2020, o acampamento no QG do Exército em Brasília, manifestações pedindo intervenção militar, a tentativa de invasão do prédio da Polícia Federal e a bomba plantada em um caminhão em direção ao aeroporto de Brasília, em dezembro de 2023.

Outros ministros do STF também se manifestaram

No início da sessão plenária o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que o atentado reforça a necessidade de responsabilização de todos que atentem contra a democracia.

Barroso ressaltou que o episódio de ontem se soma a outros que já vinham ocorrendo no país nos últimos anos e que culminaram na invasão e na depredação das sedes dos três Poderes, em 8 de janeiro de 2023.

O ministro criticou a tentativa de “naturalização do absurdo”, que acaba por incentivar a reiteração desse tipo de comportamento. “Querem perdoar sem antes sequer condenar”, disse Luís Roberto Barroso.

Barroso reiterou que o Tribunal continuará a cumprir com sua função de guardião da Constituição e a simbolizar os ideais democráticos do povo brasileiro e a luta permanente pela preservação da liberdade, da igualdade e da dignidade de todas as pessoas.

Já Alexandre de Moraes, lamentou que, por questões ideológicas, ao ato, gravíssimo, esteja sendo banalizado e classificado como mero suicídio.

“No mundo todo, alguém que coloca na cintura artefatos para explodir pessoas é considerado terrorista”, ressaltou Moraes.

O fato, segundo ele, é que a polícia evitou que o homem entrasse no Tribunal para detonar explosivos, e, no momento em que ele seria preso, explodiu a si mesmo.

“Essas pessoas não são só negacionistas na área da saúde; são negacionistas do Estado Democrático de Direito, e devem e serão responsabilizadas”, concluiu.

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