‘Menino tem medo’: criança que morreu em Florianópolis sofria maus-tratos

A Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) concluiu as investigações sobre a morte de uma criança de quatro anos, em 17 de agosto, em Florianópolis, ela sofria maus-tratos e os investigados eram coniventes.

Foram analisados os depoimentos de testemunhas, o laudo necroscópico e análise preliminar de um aparelho celular. Neste aparelho, várias mensagens foram trocadas entre a mãe da criança e o padrasto. Leia um dos diálogos:

Mãe: “O rostinho dele tem alguma picadinha?”

Padrasto: “Não amor, mas assim, sei que tu vai ficar brava comigo. Eu fui brincar com ele, meio que mordi ele muito forte e aí ficou uma marquinha. Eu vou passar um gelinho, juro que não foi por maldade.”

Mãe: “Tadinho, cara! Eu hein! Por isso que o menino tem medo de tu.”

Na análise dos aparelhos celulares revelaram indícios de que a criança sofria maus tratos e que a circunstância era de conhecimento do padrasto e da mãe.

Testemunhas relataram que a criança não possuía histórico de alergias e não fazia uso de medicamentos contínuos. Afirmaram também que, até a noite que antedeceu a fatalidade, ela não possuía lesões nas costas ou no abdômen.

Ainda segundo a Polícia Civil, o exame cadavérico concluiu que a morte ocorreu por choque hemorrágico decorrente de um traumatismo abdominal causado por instrumento contundente.

Com os fatos, foi mantida a prisão em flagrante.

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