Caso Marielle Franco: veja quem são os 3 presos pela PF suspeitos de mandar matar vereadora
Suspeitos de serem os mandantes de morte de vereadora Marielle Franco são presos
• Atualizado
A Polícia Federal cumpriu três mandados de prisão contra os suspeitos de mandar matar a vereadora Marielle Franco na manhã deste domingo (24). Segundo a PF, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, todos na cidade do Rio de Janeiro (RJ).
A Polícia Federal realiza neste domingo (24) a Operação Murder Inc que apura os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. A ação conta com a participação da Procuradoria-Geral da República e do Ministério Público do Rio de Janeiro.
Também apoiam ação a Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. De acordo com os investigadores, a operação tem como alvos os autores intelectuais das execuções. São apurados ainda os crimes de organização criminosa e obstrução de justiça.
Quem são os suspeitos de mandar matar Marielle Franco?
A operação Murder Inc. resultou nas prisões do deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), de Domingos Brazão, irmão dele e conselheiro do Tribunal de Contas do estado, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do RJ, conforme informações do SBT News.
Quem São Domingos, Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa, presos acusados de mandar matar Marielle
Por Estadão Conteúdo
A Polícia Federal prendeu na manhã deste domingo, 24, o deputado Chiquinho Brazão, seu irmão Domingos, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e o ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa, em investigação sobre a ‘autoria intelectual’ dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além de crimes de organização criminosa e obstrução de justiça. As prisões integram a Operação Murder Inc, que ainda vasculha 12 endereços do Rio de Janeiro, por ordem do Supremo Tribunal Federal.
Chiquinho Brazão foi vereador do Rio de Janeiro por quatro mandatos, o último deles coincidindo com o de Marielle Franco, entre 2017 e a morte da vereadora, em março de 2018. Ele foi eleito deputado federal pelo Avante nas eleições 2022, sendo que se licenciou, no final do ano passado, para atuar como secretário municipal de ação comunitária no Rio. A passagem foi curta e se encerrou em fevereiro.
O nome de Chiquinho apareceu nas investigações em razão da delação de Ronnie Lessa, ex-policial militar acusado de ser o executor dos disparos que alvejaram Marielle e Anderson. O acordo foi homologado nesta semana pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Foi a citação a Chiquinho que levou à remessa do caso para a Corte máxima. Antes, o inquérito já havia sido remetido ao Superior Tribunal de Justiça, em razão da menção de Domingos Brazão, conselheiro do TCE-RJ.
Domingos Brazão foi alçado ao Tribunal de Contas do Estado em 2015, mas antes foi deputado estadual, ocupando uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio de 1999 até sua entrada na Corte. A citação do nome de Domingos no inquérito sobre os assassinatos de Marielle e Anderson não é nova, vez que em 2019 ele foi apontado como o ‘principal suspeito de ser autor intelectual’ das mortes. Sempre negou participação no crime.
O conselheiro ganhou mais espaço sob os holofotes quando a ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge pediu a federalização do caso Marielle e Anderson em 2019, denunciando o conselheiro por obstrução de Justiça. O pedido no entanto foi negado, mas a Procuradoria-Geral da República já narrava como Domingos teria se aliado a funcionários de seu gabinete, uma advogada e um delegado da PF para fazer investigações em âmbito estadual “passarem longe dos reais autores do crime”.
O reduto político da família Brazão é Jacarepaguá, na zona oeste do Rio. A região é dominada por milícias. Domingos já admitiu ter matado um homem em 1987. O processo ficou parado, subiu para o Tribunal de Justiça em 2000 (depois que se tornou deputado estadual). Em 2002, a Corte Especial rejeitou a condenação.
Rivaldo Barbosa é delegado e foi empossado chefe da Polícia Civil do Estado do Rio no dia 13 de março de 2018, um dia antes da execução de Marielle. O convite para o cargo foi feito pelo então interventor federal do Rio, general Walter Braga Netto, que depois seria ministro da Defesa e da Casa Civil no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ele deixou a chefia da Polícia Civil em janeiro de 2019, após a posse do então governador Wilson Witzel. Graduado em direito, Barbosa também ocupou o comando da Direção de Homicídios.
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Dino, após prisão de suspeitos de mandar matar Marielle Franco: Domingo de celebração da fé e justiça
Por Estadão Conteúdo
Após a prisão preventiva de três suspeitos de mandar matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), escreveu em suas redes sociais na manhã deste domingo, 24, que hoje é um domingo de “celebração da fé e da justiça”. Por ordem da Corte, a Polícia Federal deflagrou a Operação Murder Inc, que também realizou 12 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro.
Segundo apurou o Blog do Fausto Macedo, foram presos o deputado Chiquinho Brazão (União-RJ), seu irmão Domingos, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e o ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa. Os três são suspeitos de serem os mandantes do crime. Quem autorizou a operação foi o ministro Alexandre de Moraes, do STF, que assumiu recentemente o caso Marielle.
“Como a palmeira, florescerão os justos, que se elevarão como o cedro do Líbano”, escreveu Dino, nas redes sociais.
Em dezembro do ano passado, quando ainda ocupava o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública no governo Lula, Dino disse que o caso Marielle seria “em breve integralmente elucidado”. Neste ano, ele assumiu o cargo de ministro do STF, indicado por Lula.
Anielle, sobre prisão de suspeitos de mandar matar Marielle Franco: Estamos mais perto da justiça
Por Estadão Conteúdo
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, comemorou neste domingo, 24, a prisão preventiva de três suspeitos de mandar matar, em 2018, a vereadora Marielle Franco, sua irmã, e o motorista Anderson Gomes. A Polícia Federal deflagrou hoje a Operação Murder Inc, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), que também realizou 12 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro.
Segundo apurou o Blog do Fausto Macedo, foram presos o deputado Chiquinho Brazão, seu irmão Domingos, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro e o ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa. Os três são suspeitos de serem os mandantes dos assassinatos de Marielle e Anderson Gomes, que foram mortos a tiros em 2018, no Rio.
É oportunidade para RJ ‘virar página em que crime, polícia e política não se separam’, diz Freixo
Por Estadão Conteúdo
O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, afirmou neste domingo, 24, que a prisão preventiva de três suspeitos de mandar matar, em 2018, a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes é uma oportunidade para o Rio de Janeiro “virar essa página em que crime, polícia e política não se separam”. A Polícia Federal deflagrou hoje a Operação Murder Inc, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), que também realizou 12 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro.
Segundo apurou o Blog do Fausto Macedo, foram presos o deputado Chiquinho Brazão (União-RJ), seu irmão Domingos, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e o ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa. Os três são suspeitos de serem os mandantes do crime. Quem autorizou a operação foi o ministro Alexandre de Moraes, do STF, que assumiu recentemente o caso Marielle.
“Foram 5 delegados que comandaram as investigações do inquérito do assassinato da Marielle e do Anderson, e sempre que se aproximavam dos autores eram afastados. Por isso demoramos seis anos para descobrir quem matou e quem mandou matar”, escreveu Freixo, no X (antigo Twitter). Ele era amigo de Marielle.
Freixo contou que, quando soube do assassinato de Marielle e de Anderson, ligou para Rivaldo Barbosa. “Ele era chefe da Polícia Civil e recebeu as famílias no dia seguinte junto comigo. Agora Rivaldo está preso por ter atuado para proteger os mandantes do crime, impedindo que as investigações avançassem. Isso diz muito sobre o Rio de Janeiro”, afirmou o presidente da Embratur.
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