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"La Casa de Papel"

Marido de Perlla é preso suspeito de promover esquema de pirâmide

Segundo investigações, os prejuízos passam de R$ 4 bi; mais de 1,3 milhão foram enganadas

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto: Reprodução | Redes Sociais
Foto: Reprodução | Redes Sociais

Nesta quarta-feira (19), o empresário Patrick Abrahão, marido da cantora Perlla, foi preso apontado como um dos líderes da organização. Segundo a Polícia Federal, seis mandados de prisão estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Goiás, Maranhão e Santa Catarina.

Os mandados fazem parte da Operação “La Casa de Papel”, deflagrada pela Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal e a Agência Nacional de Mineração (ANP), para desmontar uma organização criminosa responsável por implementar um esquema de pirâmide financeira em mais de 80 países. O grupo também é suspeito de cometer crimes contra o sistema financeiro nacional, evasão de divisas, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, usurpação de bens públicos, crime ambiental e estelionato.

Os agentes cumprem ainda o bloqueio de 20 milhões de dólares e sequestros de dinheiro em contas bancárias, imóveis de altíssimo padrão, gado, veículos, ouro, joias, artigos de luxo, mina de esmeraldas, lanchas e criptoativos em posse das pessoas físicas e jurídicas investigadas.

A investigação apurou que o esquema de pirâmide financeira captou recursos de mais de 1,3 milhão de pessoas, em mais de 80 países. O prejuízo aos investidores é estimado em R$ 4,1 bilhões, cujas operações teriam se iniciado em 2019.

Outra informação divulgada pela Polícia Federal foi de que “embora divulgassem em redes sociais que estavam amplamente legalizados na Estônia e que seriam sócios de duas instituições financeiras, todas as empresas do grupo não existiam de fato”, explicou a PF.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, por meio de sites e aplicativos que mantinha nas redes sociais, “a organização criminosa prometia que os investimentos seriam multiplicados em ganhos diários, que poderiam chegar a até 20% ao mês e mais de 300% ao ano, através de transações no mercado de criptoativos por supostos ‘traders’ a serviço da empresa, os quais seriam utilizados para multiplicar o capital investido e, ainda, instando os que ingressavam no negócio a captar novos investidores, em mecanismo que chamavam de ‘binário’, proporcionando ganhos percentuais sobre os valores investidos por novas pessoas que eram atraídas para o esquema.

Os envolvidos podem responder pelos crimes organização, crimes contra o sistema financeiro por operar sem autorização, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, usurpação de bem mineral da União Federal, execução de pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem a competente autorização, permissão, concessão ou licença, falsidade ideológica e estelionato por meio de fraude eletrônica.

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