Maikon Costa rebate versão e diz que não houve agressões físicas durante discussão na Câmara
Na tarde da última sexta-feira (22), vereadores protagonizaram discussão na sala de reuniões da Câmara
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Uma discussão entre os vereadores do Partido Liberal (PL) Sargento Mattos e Maikon Costa no interior da Câmara de Vereadores de Florianópolis na última sexta-feira (22) virou caso de polícia. Os vereadores se desentenderam e precisaram ser acalmados por funcionários da Câmara na sala de reuniões da presidência do legislativo municipal, por volta das 17h.
A discussão teria ocorrido após uma sucessão de desentendimentos ao longo das duas semanas desde que Mattos, que era segundo suplente, assumiu o cargo de vereador no lugar de Maikon. Entre os motivos que geraram discussões está a utilização do espaço do gabinete destinado ao vereador em exercício e a atuação dos funcionários.
Na sexta, Maikon afirmou que foi até a Câmara após funcionários do gabinete o ligarem afirmando que Mattos teria ido até o gabinete, na presença de um funcionário da presidência da Câmara de Vereadores, e afirmado que os servidores deveriam chegar no local em 40 minutos, caso contrário, os exoneraria. A fala é negada por Mattos.
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Ao chegar na Câmara, o vereador licenciado se dirigiu até a sala de reuniões para falar com o colaborador da presidência e, durante a conversa, uma funcionária da Câmara teria pedido que Maikon saísse do local para Mattos entrar. Ao se negar a sair do local, o bate boca começou.
Maikon Costa registrou a ação em áudio e vídeo e apresentou ao SCC10 trechos em que é possível ouvir que houve uma discussão entre os dois, mas não fica claro se houve agressão física.
Um Boletim de Ocorrência foi registrado na Polícia Civil no sábado (23). No documento, Mattos afirma que Costa estaria agressivo e teria tentado agredir o Sargento. Ainda segundo o B.O., Costa teria invadido a sala em que Mattos estava, se recusando a sair. Porém, Maikon rebate que a situação foi ao contrário: ele estava na sala, sem saber que o colega a utilizava para despachar, quando foi surpreendido por Mattos.
Problemas no gabinete
Maikon Costa afirma que funcionários do gabinete teriam o procurado para reclamar que o vereador em exercício não estaria assinando e despachando documentos importantes. “A gente [gabinete] estava fazendo tudo para ele. Eu estava como suplente, ajudando ele a fazer requerimento, ajustando as coisas. A partir do momento que ele sente essa dificuldade começou a gerar uma rusga e ele passou a ter um comportamento muito agressivo”, disse Maikon Costa para o SCC10.
O vereador sargento Mattos foi procurado pelo SCC10 na noite desta segunda (25) e não retornou contato. Contudo, afirmou durante a sessão ordinária na Câmara de Vereadores que não está conseguindo exercer seus direitos e solicitou que seja aberta uma investigação sobre a conduta de Costa. “Eu estou a praticamente 15 dias sem gabinete, pedindo favor para colegas vereadores. Estou sem assessoria. Eu estou aqui pedindo que a lei seja aplicada nesta casa, que exista uma correção pelo ato do vereador licenciado, de impedir a minha atividade legislativa”, afirmou o vereador sargento Mattos.
Segundo o vereador em exercício, no dia 18 de setembro, ao chegar no gabinete, foi informado que não havia nenhum compromisso agendado. “Mandei mensagem para o funcionário do gabinete e ele me confessa, que ele não pôde incluir no sistema pois recebeu ordens, ordens do vereador licenciado. Além de não poder usar meu gabinete, que eu já tinha dado uma ordem expressa, pro titular da cadeira não comparecer ao gabinete”, afirmou Mattos.
Já Maikon Costa diz que cedeu o gabinete e pediu para utilizar o espaço para alguns compromissos. “Eu pedi permissão para utilizar a sala, já que precisava receber uma pessoa para um assunto que estamos dando continuidade e eu pedi pra ele. A minha postura sempre foi de diálogo”.
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