Mãe do menino de 4 anos levado morto ao hospital em Florianópolis, se torna ré em processo

A mãe do menino de 4 anos morto, que chegou desacordado, com sinais de agressão pelo corpo, ao MultiHospital de Florianópolis, no bairro Carianos, em agosto, se tornou ré em processo.

Segundo informações apuradas pelo jornal SCC Meio-Dia, o Ministério Público enviou mais uma vez a denúncia contra a mãe. E, a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) decidiu aceitar a denúncia contra a Larissa (mãe da criança). A Justiça entende que a mulher deve responder pelo crime de omissão imprópria. Ela vai responder como ré no processo pela morte do menino Moisés.

Em agosto de 2025, a Justiça de Santa Catarina havia concedido liberdade provisória à mãe do menino. O padrasto da criança foi preso.

Confira a reportagem:

Nota da Defesa da mãe Larrissa

Em nota, a defesa de Larrissa (mãe do menino) disse que: “A defesa técnica da senhora Larissa, capitaneada pelos Advogados Eduardo Dalmedico Ribeiro e Rosimeire da Silva Meira, informa que respeita o acórdão proferido pela 2ª Câmara Criminal do TJSC que, por maioria de votos, determinou o recebimento da denúncia, entretanto, não concorda com a fundamentação apresentada.

Tendo em vista que a decisão proferida não foi unânime, 2 a 1, havendo um voto minoritário que concorda com a tese defensiva, é cabível a oposição de embargos infringentes, que serão apresentados dentro do prazo legal.

Destacamos, por oportuno, que o processo está em fase recursal, pois o juízo de primeiro grau, da vara do tribunal do júri da comarca da Capital-SC, já havia rejeitado a denúncia, por entender que ela é inepta e não existir justa causa em relação as condutas omissivas atribuídas a senhora Larissa. Confiamos na justiça e na inocência da senhora Larissa”.

Entenda o caso do menino Móises

O menino chegou desacordado ao MultiHospital de Florianópolis, no bairro Carianos, levado por vizinhos que tentaram socorrê-lo. Profissionais de saúde relataram que a criança não apresentava pulsação nem respiração. Médicos e enfermeiros tentaram reanimá-lo por cerca de uma hora, mas o óbito foi confirmado.

Exames iniciais identificaram hematomas em diferentes partes do corpo, marcas compatíveis com socos e um possível ferimento semelhante a mordida no rosto. A gravidade das lesões levou o hospital a acionar imediatamente a Polícia Militar.

Testemunhas relataram que o padrasto, R.R.R., demonstrou frieza durante o episódio, chegando a simular um desmaio no hospital. Já a mãe, foi vista em estado de desespero, mas apresentou contradições ao falar sobre a rotina e os cuidados com o filho.

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