Mãe de menino de 4 anos morto em Florianópolis recebe liberdade provisória; padrasto segue preso
Decisão da Justiça impôs medidas cautelares à mãe; caso segue sob investigação da Polícia Civil
• Atualizado
A Justiça de Santa Catarina concedeu liberdade provisória à mãe do menino de 4 anos que morreu no último domingo (17) em Florianópolis com sinais de agressão pelo corpo. O padrasto da criança, apontado como principal suspeito do crime, permanece preso preventivamente.
A decisão foi tomada pela Vara Regional de Garantias da Capital, que determinou medidas cautelares à mãe, incluindo comparecimento periódico em juízo, proibição de deixar a comarca sem autorização e recolhimento domiciliar noturno, respeitando seus dias de folga. Segundo o juiz responsável, apesar da gravidade do caso, não havia risco imediato às investigações.
Já o padrasto teve a prisão em flagrante convertida em preventiva, diante de indícios de participação direta na morte e contradições em seu depoimento.
Entenda o caso
O menino chegou desacordado ao MultiHospital de Florianópolis, no bairro Carianos, levado por vizinhos que tentaram socorrê-lo. Profissionais de saúde relataram que a criança não apresentava pulsação nem respiração. Médicos e enfermeiros tentaram reanimá-lo por cerca de uma hora, mas o óbito foi confirmado.
Exames iniciais identificaram hematomas em diferentes partes do corpo, marcas compatíveis com socos e um possível ferimento semelhante a mordida no rosto. A gravidade das lesões levou o hospital a acionar imediatamente a Polícia Militar.
Testemunhas relataram que o padrasto, R.R.R., demonstrou frieza durante o episódio, chegando a simular um desmaio no hospital. Já a mãe, L.A.F., foi vista em estado de desespero, mas apresentou contradições ao falar sobre a rotina e os cuidados com o filho.
Investigações
O caso está sendo apurado pela Delegacia de Homicídios da Capital, com apoio do Instituto Médico Legal (IML), que deve emitir laudo definitivo para confirmar a causa da morte. O Ministério Público de Santa Catarina estuda apresentar denúncia por homicídio qualificado e também por negligência.
A morte do menino causou forte comoção em Florianópolis. Moradores da região relataram que ele já era acompanhado pelo Conselho Tutelar devido a suspeitas anteriores de maus-tratos.
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