Justiça mantém prisão de advogado suspeito de envolvimento com organização criminosa
O homem é investigado por participação em uma organização criminosa que opera no Estado de Santa Catarina
• Atualizado
A justiça decidiu manter a prisão preventiva de um advogado suspeito de integrar organização criminosa em Lages.
O homem, preso no final da tarde de terça-feira (8), no Fórum da comarca de Lages, durante ação da Operação Gravata. Ele passou por audiência de custódia na 1ª Vara Criminal nesta quarta.
As investigações revelaram que o advogado não apenas desempenhava um papel na defesa dos membros da organização criminosa
O processo, que tramita em sigilo, trata de ação penal por crime de organização criminosa e embaraçamento da persecução penal.
O advogado foi transferido de Lages para a Penitenciária de São Cristóvão do Sul.
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Saiba detalhes sobre a operação que prendeu advogado em Lages
Por Carolina Sott
A Polícia Civil divulgou informações detalhadas sobre a operação que resultou na prisão de um advogado em Lages, na Serra Catarinense, na noite desta terça-feira (08). A ação, denominada Operação Gravata, investigou o homem por sua participação em uma organização criminosa que opera no Estado de Santa Catarina.
As investigações revelaram que o advogado não apenas desempenhava um papel na defesa dos membros da organização criminosa, mas também tinha responsabilidades adicionais, incluindo a tarefa de manter os integrantes da facção informados sobre o progresso de processos judiciais envolvendo outros detentos. Além disso, ele identificava inimigos e testemunhas que poderiam prejudicar os interesses do grupo, manipulando evidências e criando situações que levariam a acusações contra policiais civis, militares e agentes penitenciários envolvidos nos casos, desencadeando processos disciplinares nas corregedorias.
Segundo a polícia, informações sobre uma vítima foram compartilhadas através de uma fotografia tirada pelo advogado e disseminada em grupos de membros da organização criminosa, logo após essa vítima ter prestado depoimento, o qual resultou na prisão de diversos integrantes e na apreensão de uma considerável quantidade de substâncias entorpecentes e explosivos. Como consequência, a vítima foi marcada para morte pela facção.
A segunda fase da Operação foi concluída com a identificação de 16 integrantes, incluindo o advogado, e o Ministério Público formalizou acusações, resultando na emissão de um mandado de prisão pelo Poder Judiciário.
Após a prisão, realizada em conjunto com um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) local, o suspeito foi levado para a Delegacia de Investigações Criminais (DIC) de Lages. Após a conclusão dos procedimentos legais necessários, ele foi encaminhado para o Presídio Masculino de Lages, onde ficará sob custódia da Justiça.
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