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Júri

Júri popular condena mulher que matou grávida em Canelinha a mais de 56 anos de prisão

O caso aconteceu no dia 27 de agosto. Mulher usou um estilete para fazer o parto forçado

• Atualizado

Rafaella Moraes

Por Rafaella Moraes

Rozalba Maria Grime. Foto: Ronaldo Penido | SCC SBT
Rozalba Maria Grime. Foto: Ronaldo Penido | SCC SBT

Rozalba Maria Grime foi condenada por todos os crimes pelos quais foi denunciada: homicídio qualificado, tentativa de homicídio e mais quatro crimes conexos – ocultação de cadáver, fraude processual, subtração de menor e parto suposto. A sentença final, somando as penas por todos os crimes, é de 56 anos e 10 meses de reclusão em regime inicial fechado, mais 8 meses de detenção. A ré não poderá recorrer em liberdade, pois a pena é superior aos 15 anos.

A sessão do Tribunal do Júri aconteceu no plenário da Câmara de Vereadores de Tijucas. Teve início na manhã desta quarta-feira (24) e terminou, após 15 horas, na noite do mesmo dia.

>> Acusada de matar grávida em Canelinha diz que estudou pelo celular como fazer um parto

O caso aconteceu no dia 27 de agosto, segundo as provas produzidas em inquérito policial, Rozalba Maria Grime levou Flávia Godinho Mafra para um local, supostamente para participar de um chá de bebê surpresa, onde a golpeou com um tijolo e provocou seu desmaio. Na ocasião, a vítima estava grávida, e a investigada confessou que usou um estilete para realizar, de forma precária, o parto. A hemorragia do ferimento causou a morte da vítima.

Em seguida, Rozalba encontrou com o companheiro e foi até o Hospital de Canelinha, onde informou que o filho da vítima era seu e que fez o parto em via pública, solicitando, portanto, ajuda no pós-parto. A equipe do hospital que atendeu a demanda percebeu que as informações eram controversas e acionou a Polícia Militar, a qual constatou o crime.

Promotor de Justiça, Alexandre Carrinho Muniz, fala sobre decisão. Vídeo: MPSC | Divulgação.

Questionado sobre a sentença, o advogado de defesa de Rozalba, Rodrigo Goulart, afirma que irá recorrer.

“Cecília terá uma vida brilhante, infelizmente sem a mãe”, conta familiar de grávida morta em Canelinha

Por Vitória Hasckel

Familiares de Flávia Godinho, a grávida morta em Canelinha, cederam entrevista ao SCC SBT na manhã desta quarta-feira (24), durante o julgamento de Rozalba Maria Grime, acusada de assassinar a vítima. Jennifer Costa, prima de Flávia, contou que a bebê, retirada brutalmente do ventre da vítima com um estilete, está saudável. A bebê foi ferida nas costas durante o crime.

“A Cecília está muito bem, muito saudável, é uma menina linda, vai ter uma vida brilhante, infelizmente sem a mãe por perto”, contou emocionada a familiar.

Jennifer afirmou que as famílias materna e paterna são muito unidas na criação da bebê, de um ano e três meses. “Estaremos sempre apoiando e cuidado dela como nossa princesa”, finalizou a prima.

Confira a entrevista de Jennifer Costa para o repórter do SCC SBT Ronaldo Penido

Daniela Mafra, cunhada da vítima, disse não estar sendo fácil e que a família clama por justiça para ter um “conforto no coração”. “Para nós é muito complicado! Já se passaram um ano e três meses mas parece que foi ontem. Pedimos hoje justiça pela minha cunhada, por tudo que foi feito com ela e por tudo que passamos”, falou Daniela. “Não vai terminar aqui, jamais será esquecido, ela estará sempre na nossa memoria, mas que isso acabe e que a Justiça possa dar um ponto final no caso”, garantiu a cunhada. 

Segundo as provas produzidas em inquérito policial, no dia 27 de agosto a investigada Rozalba Maria Grime levou Flávia Godinho Mafra para um local, supostamente para participar de um chá de bebê surpresa, onde a golpeou com um tijolo e provocou seu desmaio. Na ocasião, a vítima estava grávida, e a investigada teria usado um estilete para realizar, de forma precária, o parto. A hemorragia do ferimento causou a morte da vítima.

Em seguida, Rozalba teria se encontrado com o companheiro e ido até o Hospital de Canelinha, onde informou que o filho da vítima era seu e que fizera o parto em via pública, solicitando, portanto, ajuda no pós-parto. A equipe do hospital que atendeu a demanda percebeu que as informações eram controversas e acionou a Polícia Militar, a qual constatou o crime.

Com informações de Ronaldo Penido | SCC SBT

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