Júri condena chefe de facção a mais de 21 anos por execução na Capital

Um homem de 29 anos, apontado como chefe de uma facção criminosa, foi condenado a 21 anos, um mês e cinco dias de prisão pelo assassinato de um homem na comunidade da Serrinha, bairro Carvoeira, em Florianópolis. A vítima foi morta com pelo menos 13 tiros. O julgamento ocorreu na terça-feira (1º), no Tribunal do Júri da Capital.

O homicídio aconteceu em 7 de julho de 2022, por volta das 22h40min, em frente à casa dos pais da vítima. De acordo com a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o réu e outros envolvidos, incluindo um adolescente, executaram o crime por vingança. Eles acreditavam que a vítima havia participado de outro assassinato ocorrido no Morro da Perla, no bairro Saco dos Limões.

No momento do ataque, a vítima foi surpreendida e segurada pela camisa, sem chance de fuga ou defesa. O crime foi cometido com um recurso que dificultou a reação do alvo, caracterizando premeditação.

O réu, que já estava preso, foi julgado pelo Tribunal do Júri e condenado por homicídio qualificado, por integrar uma organização criminosa e por exercer função de chefia dentro do grupo. Ele era responsável por aplicar punições dentro da facção. Além da pena de reclusão, ele foi condenado ao pagamento de 14 dias-multa, cada um no valor mínimo de 1/30 do salário-mínimo vigente à época do crime.

A sentença determinou que ele cumpra a pena em regime fechado, sem direito a recorrer em liberdade. No entanto, o acusado foi absolvido da acusação de corrupção de menor.

Na decisão, ficou evidenciado que a organização criminosa à qual o réu pertence atua de forma estruturada, dividindo funções entre seus membros. O grupo impõe medo à sociedade por meio de homicídios, roubos, tráfico de drogas e outros crimes, frequentemente utilizando armas de fogo e envolvendo menores de idade em suas atividades ilícitas.

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