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entenda o caso

Investigação sobre morte brutal de fisiculturista é concluída em SC

Morte foi motivada por ciúmes, segundo a Polícia Civil

• Atualizado

Nycoli Ludwig

Por Nycoli Ludwig

Crime ocorreu no dia 7 de setembro de 2025, em Chapecó | Imagem: Polícia Civil/Redes Sociais/Reprodução
Crime ocorreu no dia 7 de setembro de 2025, em Chapecó | Imagem: Polícia Civil/Redes Sociais/Reprodução

Após intensa investigação, a Polícia Civil de Chapecó concluiu o inquérito sobre a morte do personal trainer e multicampeão fisiculturista Valter de Vargas Aita, de 41 anos, assassinado com 21 facadas pela própria esposa no dia 7 de setembro de 2025. O crime, cometido no apartamento do casal, teria sido motivados por ciúmes.

Dinâmica do assassinato

O corpo de Valter foi encontrado nu e ensanguentado na escada do prédio onde morava, após ser atacado com diversos golpes de faca. A perícia confirmou que a primeira facada, atingida no pescoço, foi fatal e dada de surpresa, enquanto a vítima ainda acordava, impossibilitando qualquer reação de defesa.

Mesmo ferido mortalmente, ele tentou fugir, mas acabou caindo e desmaiando no hall do edifício, onde recebeu novos golpes no rosto e em outras partes do corpo.

As investigações revelaram que Valter sofreu cerca de 21 golpes, sendo pelo menos três considerados letais. Ele ainda apresentou ferimentos nas mãos, indicando que tentou segurar a lâmina para se defender. Já as lesões encontradas no corpo da autora foram superficiais e compatíveis com o momento em que a faca escorregou em suas mãos.

Desconfianças motivam crime

Durante a apuração, a Polícia Civil reuniu provas como mensagens de texto, áudios e até vídeos feitos pela autora, nos quais demonstrava ciúmes e ameaçava o companheiro. Ela acreditava que o marido mantinha relacionamentos extraconjugais e chegou a registrar em conversas que ele “pagaria pelo que estava fazendo”. Testemunhas confirmaram que a vítima já havia relatado ameaças anteriores.

Outro ponto que chamou atenção da Polícia Civil foi um buraco feito na parede do quarto da vítima, feito para monitorar Valter nos momentos em que ele estava sozinho mexendo no celular. A autora do crime chegou a mandar fotos do momento para ameaçá-lo, mostrando que o supervisionava.

  • Investigação sobre morte brutal de fisiculturista é concluída em SC

O histórico da investigada chamou atenção: além de ser presa em flagrante após o crime, ela já tinha um mandado de prisão em aberto por envolvimento em um latrocínio ocorrido em 2019 no Rio Grande do Sul, pelo qual foi condenada a mais de 15 anos de prisão.

Valter, natural de Santa Maria (RS), era figura conhecida em Chapecó e nas redes sociais, reconhecido por títulos no fisiculturismo e pelo trabalho como personal trainer. Caso seja condenada pelo Tribunal do Júri, a autora pode receber pena entre 12 e 30 anos de prisão, que será somada à condenação anterior.

A Polícia Civil deve encaminhar o inquérito policial à Justiça nos próximos dias.

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