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RELEMBRE O CASO

Integrantes de facção são condenados por incendiar ônibus em Florianópolis

Os crimes ocorreram em agosto de 2024, após ordem de um líder do crime organizado para dificultar uma ação da polícia

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Redes Sociais/Reprodução
Foto: Redes Sociais/Reprodução

Dois integrantes de uma facção criminosa foram condenados a penas que somam 19 anos e seis meses de prisão em regime fechado por tráfico de drogas e por incendiar um ônibus em Florianópolis. Os crimes ocorreram em agosto de 2024, após ordem de um líder do crime organizado para dificultar uma ação da polícia.

Incêndio de ônibus foi estratégia para atrapalhar operação policial

Os ataques aconteceram em 14 de agosto, no Norte da Ilha, durante uma operação policial que tentava capturar um chefe do tráfico.

Ao perceber que seria preso, o criminoso reagiu com tiros e fugiu, acionando outros membros da organização com um “salve” para gerar caos na região — especialmente nos bairros Ingleses e Rio Vermelho.

A dupla condenada atendeu ao chamado. Com ajuda de adolescentes recrutados, montaram barricadas, incendiaram ruas e, no auge da ação, pararam um ônibus, obrigaram o motorista e os passageiros a descerem, e atearam fogo no veículo. Os atos começaram por volta das 15h30 e seguiram até o início da noite.

Incêndio de ônibus foi estratégia para atrapalhar operação policial. - Foto: Ricardo Pastrana/Reprodução
Incêndio de ônibus foi estratégia para atrapalhar operação policial. – Foto: Ricardo Pastrana/Reprodução

Condenações

As penas foram definidas pela Vara Criminal da Região Metropolitana da comarca da Capital. Um dos homens recebeu 10 anos e seis meses de reclusão por organização criminosa com participação de menores e incêndio.

O outro foi condenado a nove anos por incêndio e tráfico de drogas com envolvimento de adolescentes. Este último foi flagrado com maconha e cocaína ao correr para casa ao avistar a polícia.

Na sentença publicada na última sexta-feira (27), o juiz destacou o funcionamento estruturado da facção. “Pode-se sustentar que a organização criminosa tem a visível feição de uma empresa, distinguindo-se das empresas lícitas pelo seu objeto e métodos ilícitos”, afirmou.

Os dois réus não poderão recorrer em liberdade.

Barricadas e ônibus queimado: relembre o caso

Moradores do Norte da Ilha passaram por momentos de aflição, em 2024. Segundo informações da Polícia Militar, os fatos ocorreram após um conflito entre a PM e suspeitos conhecidos pelo envolvimento no tráfico de drogas na região.

Conforme a polícia, equipes do 21º Batalhão de Polícia Militar (BPM) realizavam a apreensão de 3,3 kg de maconha e a prisão de uma mulher por tráfico de drogas no bairro Ingleses, quando em rondas na rua Intendente João Nunes Vieira, a guarnição avistou um veículo ocupado por três suspeitos que, ao darem ordem de parada ao carro, o motorista fugiu pelas ruas do bairro.

De acordo com a PM, durante a fuga, o condutor acabou batendo o veículo, momento em que dois homens fugiram para uma área de mata e realizaram disparos de arma de fogo contra os militares, que reagiram. Uma mulher foi presa na tentativa de fuga.

Após iniciadas as buscas aos suspeitos, foram registradas diversas ocorrências de incêndio em vias públicas, como barricadas.

A ocorrência mais grave foi o incêndio a um veículo de transporte coletivo na Rua Dom João Becker, no bairro Ingleses, que interditou a via por algumas horas, até a retirada do ônibus. 

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