Influenciadora expõe ataque com pichações nazistas em creche de SC
A influenciadora acusa a Prefeitura de orientar a direção da creche a não causar alarde
• Atualizado
A influenciadora Luiza Góes usou as redes sociais, na segunda-feira (07), para fazer uma denúncia que gerou revolta e preocupação: o parquinho da creche onde estuda sua sobrinha, localizada no bairro Rio Tavares, em Florianópolis, foi invadido e pichado com símbolos nazistas.
Segundo Luiza, a creche em questão é do NEIM Diamantina Bertolina da Conceição. O caso teria ocorrido há cerca de duas semanas, mas os pais só foram informados na sexta-feira (5). A influenciadora acusa a Prefeitura de orientar a direção da creche a não causar alarde, mantendo a situação restrita às diretrizes internas da unidade e da administração pública.
“Isso porque, de acordo com a Prefeitura, por ordens da Prefeitura, não deveria se causar alarde. Essa história deveria ficar só ali, entre a diretriz da creche e a Prefeitura que estaria tomando conta da situação”, declarou em vídeo. “Além disso, uma das falas da Prefeitura foi de que esse é um caso isolado”.
Luiza contesta essa versão, afirmando que ataques a instituições de ensino não são isolados, nem em Santa Catarina e nem no Brasil. Ela relata que os criminosos entraram no parquinho das crianças e deixaram símbolos e frase nas paredes e brinquedos da área externa da creche.
“Além de já ser uma situação desesperadora por si só, a postura da Prefeitura deixa os pais cada vez mais amedrontados. Deixa o desespero cada vez mais no ar, só que naquela bolha dos pais, dentro daquele colégio”, declara Luiza.
Silêncio e medo
Para Luiza, o tratamento dado pela Prefeitura ao caso é mais preocupante do que o próprio ato de vandalismo. Ela afirma que a tentativa de silenciar os pais e a comunidade escolar não é aceitável diante da gravidade do ocorrido.
“A postura da Prefeitura é de silenciar. Não deixar com que isso vaze, com que as informações tomem uma proporção ‘desnecessária’, já que é um caso isolado, segundo eles. Mas eu não preciso nem me esforçar muito pra lembrar de Blumenau, dois, três anos atrás”.
Ela encerra o vídeo cobrando uma investigação séria, um posicionamento oficial da Prefeitura com os pais e toda a comunidade, e pede para que o caso não fique “debaixo dos panos”.
O que diz a Prefeitura
Grupos radicais e extremistas costumam aproveitar da repercussão de acontecimentos pequenos, como das pichações na escola, para ataques muito mais graves. As medidas de avisos aos pais foram pensadas justamente para proteção e segurança das crianças, seguindo orientações da Polícia Civil.
A Guarda Municipal reforçou a presença nas escolas, especialmente nesta unidade do Rio Tavares. No dia do ocorrido, a Guarda Municipal esteve no local e um boletim de ocorrência foi realizado pela direção da unidade educativa. Imagens de uma câmera do projeto Sentinela, da GMF, está com a polícia civil para investigação do caso.
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