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Dois corpos localizados

“Indícios de maldade”, diz Bolsonaro sobre desaparecimento de jornalista e indigenista

Presidente afirmou que o governo trabalha desde o início das buscas e criticou decisão do STF

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

“Pelo prazo, pelo tempo que já temos hoje, oito dias, indo para o nono dia que isso aconteceu, vai ser muito difícil encontrá-los com vida”, afirmou o presidente | Reprodução/Facebook
“Pelo prazo, pelo tempo que já temos hoje, oito dias, indo para o nono dia que isso aconteceu, vai ser muito difícil encontrá-los com vida”, afirmou o presidente | Reprodução/Facebook

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou nesta segunda-feira (13) sobre o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, no Vale do Javari, no Amazonas. Em entrevista à rádio CBN Recife, o presidente disse ser difícil encontrá-los com vida. 

“Pelo prazo, pelo tempo que já temos hoje, oito dias, indo para o nono dia que isso aconteceu, vai ser muito difícil encontrá-los com vida. Peço a Deus que isso aconteça, mas os informes e os indícios levam para o contrário no momento”, afirmou Bolsonaro que também disse que todos as buscas levam a crer que Dom Phillips e Bruno Pereira foram torturados. 

“Os indícios levam a crer que fizeram alguma maldade com eles, porque já foi encontrado boiando no rio vísceras humanas que já estão aqui em Brasília para fazer DNA.”

Dois corpos foram localizados nesta segunda-feira (13). De acordo com a esposa de Dom Phillips, os corpos seriam do jornalista britânico e do indigenista Bruno Pereira. Alessandra informou ao jornalista André Trigueiro, que a Polícia Federal fez contato com ela informando que os corpos, agora, passarão por perícia. Além disso, a Embaixada Britânica já comunicou os irmãos de Dom Phillips sobre o fato.

Pertences do jornalista e do indigenista

No fim de semana, objetos pessoais de ambos os desaparecidos foram encontrados em uma região onde as buscas foram concentradas. A Polícia Federal confirmou que pertenciam a Dom Phillips e Bruno Pereira. Nesta segunda (13), a força-tarefa continua na região. 

Diante dos esforços para localizar o indigenista e o jornalista britânico, Bolsonaro classificou como “dispensável” a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), de estabelecer um prazo de cinco dias para que o governo apresente informações sobre as providências tomadas para encontrar os desaparecidos.

“É dispensável o senhor Barroso dar uma de dono da verdade, dar cinco dias para o presidente explicar ou achar esses dois que desapareceram lá na região Amazônica. Estamos fazendo a nossa parte. Agora, eu não tenho número exato aqui para dizer para o senhor Barroso, mas são dezenas de milhares de pessoas que desaparecem todo ano no Brasil. Ele se preocupou apenas com esses dois. Nós, via nosso Ministério da Mulher e dos Direitos Humanos, nos preocupamos com todos desaparecidos no Brasil.”

Conversa com Biden

Bolsonaro também rebateu as especulações de que teria pedido ajuda ao presidente norte-americano, Joe Biden, para se reeleger nas eleições de outubro. Segundo a agência de notícias Bloomberg, o assunto teria sido abordado pelo chefe de Estado durante uma reunião privada às margens da Cúpula da América, no último fim de semana.

“Não existe isso daí. O que nós tratamos ali é reservado. Cada um pode falar o que bem entender, agora não cita fontes, segundo tal pessoa… O que eu conversei com o Biden não sai de mim e não sai do Carlos França, assim como eu conversei com o Putin, em fevereiro desse ano, quando fui lá tratar, entre outras coisas, os fertilizantes, fica entre nós”, afirmou. 

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