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Crime cruel

Homem que matou vendedor de paçoca é condenado a 14 anos de prisão em Blumenau

Crime ocorreu em novembro de 2023, na frente de um supermercado da cidade

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Marcos Fernandes/SCC SBT
Foto: Marcos Fernandes/SCC SBT

Foi condenado a 14 anos de prisão o homem que matou a facadas um vendedor de paçoca na entrada de um supermercado em Blumenau. O júri ocorreu na quarta-feira (26). Conforme o Ministério Público de Santa Catarina, ele foi condenado por homicídio, com as qualficadoras de motivo fútil e recurso que tornou impossível a defesa da vítima.

A sessão do júri durou 10 horas. Na parte da manhã, foram ouvidas cinco testemunhas e o condenado. A parte da tarde, foi reservada aos debates da acusação e da defesa. No plenário do júri os três Promotores de Justiça trabalharam com a tese de dolo – vontade de matar- e defenderam o homicídio praticado como crime hediondo.   

Vestidos com camisetas brancas, o pai, a mãe, os sete irmãos e parte dos sobrinhos da vítima assistiram todo o julgamento. Segundo uma das irmãs do vendedor, ele trabalhava como auxiliar de limpeza em uma empresa de asseio e conservação. Como era usuário de drogas, ele abandonou o emprego, optando por viver nas ruas, vendendo doces e algumas vezes voltando para a casa da família.  

O Ministério Público deve recorrer pedindo aumento de pena.  

Relembre o caso

Conforme a denúncia da 9ª Promotoria de Justiça da Comarca de Blumenau, no fim de tarde do dia 3 de novembro de 2023, o homem matou o vendedor de pacoça com 19 golpes de faca, causando lesões graves, de acordo com o laudo pericial.   

Na ocasião, o homem saia de um supermercado na rua Antônio da Veiga, uma das vias mais movimentadas de Blumenau, quando abordou a vítima na calçada do estabelecimento. O crime foi cometido porque a vítima teria oferecido o doce que vendia a filha do condenado, atitude que teria o desagradado.

Houve uma discussão, momento em que o homem desferiu golpes com uma haste de metal na cabeça do ambulante, provocando lesões. Ainda de acordo com a denúncia, depois do desentendimento, o condenado teria ido até sua casa, que é próxima ao supermercado. Demorou cerca de sete minutos, e retornou ao local armado de uma faca, escondida num carrinho de compras. Na presença da filha, ele partiu para cima da vítima, desferindo vários golpes de faca contra o vendedor de paçocas, que caiu no chão.

Mesmo ferido, a vítima teria se levantado e corrido em direção ao interior do supermercado. O vendedor teria sido perseguido pelo condenado, que continuou desferindo mais golpes de faca, só parando quando a arma do crime ficou encravada na coluna cervical da vítima.   

O homem encontra-se preso desde o dia do crime e foi negado ao condenado o direito de recorrer em liberdade, uma vez que a sua soltura representa perigo ao convívio social.   

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