Homem que estrangulou mulher com fio elétrico em Chapecó é condenado
Ele entrou no carro da ex-mulher e se escondeu no banco de trás para atacá-la
• Atualizado
Um homem que estrangulou a ex-esposa com um fio elétrico, em Chapecó, foi condenado a 21 anos de prisão. O crime aconteceu no dia 22 de fevereiro deste ano.
De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o casal estava separado há cerca de um mês e em processo de divisão de bens.
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O homem, motivado por ciúmes devido ao relacionamento da ex-esposa com outro homem, foi até o prédio onde ele morava com a vítima. Além disso, o acusado aproveitou-se da familiaridade com os moradores e entrou no local antes de a porta fechasse.
Diante disso, ele foi até a garagem, usou uma chave reserva e entrou no carro da ex-mulher, escondendo-se no banco de trás. Quando a mulher entrou no carro, ele a estrangulou com um fio elétrico, causando a morte por asfixia.
Homem simulou acidente
Após o homicídio, o homem simulou um acidente e dirigiu o carro até um declive na Avenida Ernesto José de Marco. Em seguida, colocou o corpo da ex-mulher no banco do motorista e deixou o carro em ponto morto, permitindo que descesse desgovernado.
O veículo colidiu com uma motocicleta e outro automóvel estacionados. A polícia foi chamada ao local para atender o suposto acidente.
O réu, que fugiu do local, retornou, mostrando-se abalado. Ao ser chamado para prestar esclarecimentos, confessou o crime e detalhou como o cometeu, sendo preso em flagrante.
Julgamento
Conforme o Promotor de Justiça Moacir José Dal Magro, no Tribunal do Júri, o Conselho de Sentença – formado pelos jurados, que representam a sociedade no julgamento, condenou o réu culpado pelos crimes indicados pelo MPSC.
“O homicídio foi agravado por motivo torpe, meio cruel (asfixia), traição, emboscada e feminicídio. Ele também foi condenado por fraude processual.”
A pena total aplicada foi de 21 anos de reclusão, em regime inicial fechado, mais seis meses de detenção, em regime aberto. Após o julgamento, o réu, que já estava preso preventivamente, foi levado de volta ao presídio para iniciar o cumprimento imediato da sentença.
O Promotor de Justiça Moacir José Dal Magro, que representou o Ministério Público perante o tribunal do Júri, informou que irá recorrer da sentença buscando ampliar a pena do réu.
Estagiária sob supervisão de Rubens Felipe
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