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Investigação

Homem morre após fazer procedimento de “peeling de fenol”

O procedimento promete rejuvenescimento de dez anos em pacientes

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: SBT News/Reprodução
Foto: SBT News/Reprodução

Na segunda-feira (03), um homem de 27 anos morreu após fazer um “peeling de fenol” no bairro Campo Belo, em São Paulo. Segundo o SBT News, a polícia está investigando o caso, pois, inicialmente, a morte foi registrada como suspeita.

Conforme informações, a intervenção estética é considerada invasiva e agressiva. Além disso, tem a promessa de rejuvenescimento da pele, deixando a pessoa com uma aparência mais jovem. O fenol usado é cardiotóxico e pode causar arritmia, parada cardíaca, alergias e risco hepático.

Henrique da Silva Chagas não resistiu ao procedimento realizado pela esteticista Nathália Becker, que dá nome à clínica e tem 200 mil seguidores nas redes sociais. Ela desativou as páginas após o caso e ainda não foi à delegacia.

O procedimento foi um “sucesso”, disse a esteticista

De acordo com o boletim de ocorrência, Henrique e o companheiro chegaram na clínica durante a manhã. Na clínica, ele fez uma limpeza de pele e, depois, a aplicação de um anestésico para amenizar a dor. Após, foi realizada uma raspagem na pele e, por último, a aplicação do fenol.

O produto ácido deixa a pele com aparência escamada e avermelhada, com a promessa de retirar manchas e acne. O procedimento durou cerca de uma hora. Ainda conforme o boletim, Nathália chamou o companheiro de Henrique, dizendo que o paciente “resistiu bem à dor” e que a intervenção foi um “sucesso”.

Logo depois, no entanto, o rapaz começou a passar mal. Apertando a mão do namorado, começou a respirar de forma ofegante. Funcionárias foram acionadas, chamando o resgate. O atendente do SAMU passou recomendações, para medir a pressão. Nesse tempo, a situação de Henrique piorou.

A esteticista, ao ver a situação, também teria passado mal, foi socorrida e levada a um pronto socorro. Ela acionou o marido, também sócio da clínica, para dar conta da situação.

Sócio diz que intervenção é feita na “primeira pele”

Ao chegar no estabelecimento, o sócio deu conta da situação agravada. Ele chegou a fazer respiração boca-a-boca em Henrique, além de massagem cardíaca. Quando o resgate chegou, a morte dele foi constatada.

Em depoimento, Jorge contou que o procedimento é aplicado somente de forma superficial, na “primeira pele”, e que não necessita de exame prévio para identificar se o paciente tem algum tipo de alergia. Exames necroscópicos foram pedidos para identificar a causa da morte.

Com informações de SBT News

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