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FEMINICÍDIO

Homem é condenado a 35 anos por matar ex-companheira em SC

O réu foi condenado pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menor

• Atualizado

Pedro Corrêa

Por Pedro Corrêa

Homem é condenado a 35 anos por matar ex-companheira em Palhoça | Foto: comunicação/ MPSC
Homem é condenado a 35 anos por matar ex-companheira em Palhoça | Foto: comunicação/ MPSC

Um homem foi condenado a 35 anos, dois meses e seis dias de prisão pelo assassinato da ex-companheira em Palhoça, na Grande Florianópolis. O julgamento ocorreu nesta terça-feira (30), no Fórum da Comarca, e o Conselho de Sentença acolheu integralmente as acusações apresentadas pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).

O réu foi condenado pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. As qualificadoras do homicídio incluíram motivo torpe, tortura, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio em contexto de violência doméstica. A sentença negou ao condenado o direito de recorrer em liberdade, mantendo-o preso.

A Promotora de Justiça Juliana Jandt e o Promotor Geovani Werner Tramontin, do Grupo de Atuação Especial do Tribunal do Júri (GEJURI), atuaram na sessão e destacaram a gravidade do crime, acompanhado de perto por familiares e amigas da vítima.

Juliana Jandt ressaltou que o Tribunal do Júri reconheceu unanimemente quatro qualificadoras no homicídio, além do feminicídio, da ocultação de cadáver e da corrupção de menor. Para Tramontin, a condenação envia um recado claro à sociedade catarinense de que crimes violentos contra mulheres não serão tolerados, destacando que o acusado envolveu o próprio filho adolescente na ocultação do corpo, evidenciando a brutalidade do ato.

Durante o julgamento, cinco testemunhas prestaram depoimento. Os relatos detalharam um histórico de violência doméstica e comportamento possessivo do condenado, com agressões anteriores, incluindo uma paulada na cabeça da vítima que deixou sequelas auditivas, além de ameaças constantes.

A sobrinha da vítima, Francielli Lima de Campos, afirmou que se a mulher não desse notícias em dois dias, era porque provavelmente estava morta, e comemorou a condenação como uma vitória, afirmando que a memória da tia será preservada.

O crime ocorreu entre os dias 13 e 22 de maio de 2024, na residência da família, na Praia de Fora, em Palhoça. Segundo a denúncia, o homem matou a ex-companheira por não aceitar o fim do relacionamento, torturando-a e golpeando sua cabeça com violência. O corpo foi enterrado na própria casa, e o filho adolescente participou da ocultação, sendo responsabilizado legalmente pelo ato. Em interrogatório no júri, o réu confessou o feminicídio e a ocultação do cadáver, mas negou a participação do filho na morte.

O GEJURI, órgão do MPSC, atua em casos complexos de crimes dolosos contra a vida, ofere suporte às promotorias e auxilia promotores em início de carreira, especialmente em crimes graves e de elevado grau de periculosidade.

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