Florianópolis conta com apenas 5 ambulâncias, segundo Prefeitura; entenda como funciona
A Prefeitura informou que o Governo Federal que é responsável pela aquisição de ambulâncias para os estados e os municípios
• Atualizado
Após a morte de um idoso no centro da Capital na última segunda-feira (4), uma nova questão surgiu: Quantas ambulâncias o município têm para atender toda a população? O prefeito, Topázio Neto, chegou a comentar pelas redes sociais que haveria uma nova solicitação de ambulâncias:
Por nota, a Prefeitura informou que o Governo Federal que é responsável pela aquisição de ambulâncias para os estados e os municípios, enquanto o estado coordena a distribuição para os municípios:
“Ao todo, o Governo de Santa Catarina já realizou mais de 50 solicitações para a reposição de ambulâncias em seu território. As demandas aguardam atendimento do âmbito federal em toda Santa Catarina, incluindo Florianópolis. Devido ao impacto direto no funcionamento adequado dos serviços de emergência e a falta de transparência do âmbito federal, município e estado estão se articulando para a aquisição própria de novas ambulâncias”.
Prefeitura de Florianópolis
O que diz o Ministério da Saúde?
O SAMU faz parte de um serviço de atendimento pré-hospitalar podendo ser composto por ambulâncias, motolâncias, aeromédico, entre outras estruturas equipadas que atendam a população.
De acordo com o Ministério da Saúde, Florianópolis conta atualmente com uma Central de Regulação de Urgência (CRU), com 6 ambulâncias do SAMU, sendo 4 delas Unidades de Suporte Básico e 2 Unidades de Suporte Avançado. Além disso, há também 2 Aeromédicos para atender o SAMU. No entanto, a Prefeitura de Florianópolis informou que são 5 ambulâncias, sendo 1 reserva.
Quanto a questão de renovar os equipamentos ou fazer a manutenção, o Ministério da Saúde informou que cabe ao estado e ao município:
“Cabe destacar que a pasta repassa mensalmente R$ 363.621,00 para custeio dos serviços do SAMU 192 em Florianópolis. A manutenção das ambulâncias é de responsabilidade do município e do estado. A renovação de frota se dá de forma automática, conforme a disponibilidade de ambulâncias pelo governo federal, não sendo necessário o município ou estado fazer nenhuma solicitação. Estados e municípios podem solicitar ao Ministério da Saúde a ampliação de novos serviços. Contudo, até o momento a Pasta não recebeu nenhum pedido de Florianópolis.“
Ministério da Saúde
Para solicitar uma ampliação de serviços oferecidos pelo SAMU, os municípios devem discutir com os órgãos regionais de saúde para que toda a região analise a necessidade e consequentemente amplie os serviços da rede de urgência.
“Os pedidos devem então passar por duas esferas regionais – CIR (Comissão Intergestora Regional) e/ou CIB (Comissão Intergestora Bipartite) – além de incorporar a proposta ao plano da rede de urgência existente naquela região. É importante considerar que uma Rede de Atenção às Urgências precisa ser pensada com olhar para toda uma região, e não os municípios de forma isolada.
Após esse trâmite, o município deve inserir na plataforma SAIPS (plataforma virtual do Ministério da Saúde), todos os documentos previamente especificados em portaria, acompanhados do pedido para ampliação ou expansão da frota de ambulâncias do SAMU 192. Após esse fluxo, a Coordenação Geral de Urgência confere os documentos e autoriza a ampliação da frota.“
Ministério da Saúde
Ainda segundo o Ministério da Saúde, a Capital está incluída para renovar as unidades fabricadas em 2018 e que esse processo será conduzido por meio do novo edital para aquisição de veículos, que está em fase de elaboração com previsão para ser concluído em 2024.
“A reposição das unidades do SAMU 192 é uma atribuição do Ministério da Saúde. No entanto, a gestão local tem a possibilidade de adquirir novos veículos para a renovação da frota utilizando recursos próprios ou buscando apoio por meio de recursos provenientes de emendas parlamentares.“
Ministério da Saúde
Entenda o caso
Um idoso morreu na manhã desta segunda-feira (4) no centro de Florianópolis após, segundo informações oficiais, um mal súbito. Testemunhas, que estavam no local, afirmaram que houve uma demora no atendimento e que devido a isso a vítima veio a óbito.
A Secretaria de Estado da Saúde emitiu uma nota lamentando ocorrido e esclareceu que o SAMU recebeu o chamado na central às 11h28 e que chegou ao local às 11h47. Antes de chegar, as equipes orientaram a Guarda Municipal para realizar os primeiros atendimentos, já que o nível da ocorrência era grave.
A equipe dos Bombeiros também esteve presente e seguiu com o atendimento iniciado pela Guarda Municipal. Em seguida, a equipe do SAMU chegou e realizou as manobras de reanimação, porém sem resposta da vítima. A Secretaria ressalta que “em nenhum momento houve demora no envio dos recursos disponíveis”.
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