Filha é condenada a mais de 60 anos por matar e atear fogo na família
Somadas, as penas de Anaflávia, da namorada dela, Carina, e de um dos comparsas ultrapassam 190 anos
• Atualizado
Foram condenados, na madrugada desta quarta-feira (14), a penas que somam mais de 190 anos, três dos cinco acusados de assassinar uma família em Santo André, no ABC Paulista, há 3 anos. O casal Flaviana e Romuyuki Gonçalves, e o filho adolescente deles, Juan, foram encontrados mortos no porta-malas de um carro incendiado, na cidade vizinha, São Bernardo do Campo, em janeiro de 2020.
Acusada de planejar e executar os assassinatos, Anaflávia Gonçalves, filha do casal, foi sentenciada a 61 anos, 5 meses e 23 dias de prisão, em regime fechado, além de 40 dias-multa, pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver, roubo e formação de quadrilha.
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Ela foi inocentada de uma das três acusações de homicídio — o do irmão, Juan. A namorada dela, Carina Ramos de Abreu, por outro lado, foi sentenciada pelos três assassinatos. Por isso, apesar de acusada pelos mesmos crimes que Anaflávia, recebeu uma pena mais alta: 74 anos, 7 meses e 10 dias de prisão, em regime fechado, além de 40 dias-multas.
Cúmplices
O tribunal do júri também condenou um dos cúmplices dos assassinatos, Guilherme Ramos da Silva. Ele foi sentenciado a 56 anos, 2 meses e 20 dias de prisão, em regime fechado, além de 34 dias-multa, pelos mesmos crimes que Carina e Anaflávia.
Os outros dois acusados de participação do crime, os irmãos Juliano e Jonathan Ramos, primos de Carina, destituíram a advogada deles e, por isso, só serão julgados em agosto.
Júri Popular
O júri popular de Anaflávia, Carina e Guilherme começou na segunda-feira (12.jun). Após o primeiro dia de audiência, advogados de defesa afirmaram que irão entrar com um pedido de anulação do julgamento, devido ao adiamento do júri dos irmãos Juliano e Jonathan. “Nós vamos pleitear a anulação do júri, posteriormente, por conta deste desmembramento”, sinalizou o advogado de Carina, Fabio Costa, à equipe do SBT.
Relembre o caso
O crime aconteceu entre os dias 27 e 28 de janeiro de 2020. Câmeras de segurança gravaram o momento em que Carina chegou ao condomínio onde a família morava. Horas depois, o carro de Flaviana e Romuyuki foi flagrado passando pela portaria do local. O veículo foi encontrado incendiado, um dia depois, com os corpos das três vítimas carbonizados.
Segundo as investigações, Carina e Anaflávia planejaram o crime para roubar R$ 85 mil que os pais dela guardavam em um cofre. O dinheiro não foi encontrado e a casa ficou revirada. Laudos apontaram que a família também foi espancada pelos criminosos.
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