Segurança Compartilhar
Atentados em SC

Execuções brutais: como atua PGC, facção que entrou em guerra com PCC em SC

A região da Grande Florianópolis foi palco de uma série de ataques criminosos, com barricadas e veículos incendiados

• Atualizado

Redação

Por Redação

Como atua PGC, facção que entrou em guerra com PCC em SC | Imagem: CBMSC
Como atua PGC, facção que entrou em guerra com PCC em SC | Imagem: CBMSC

Os últimos dias foram marcados por uma escalada de violência em Santa Catarina, com confrontos entre facções criminosas que terminaram em incêndios, mortes e um clima de terror na Grande Florianópolis. A disputa pelo controle do tráfico de drogas seria o principal motivador dos embates entre o Primeiro Grupo Catarinense (PGC) e o Primeiro Comando da Capital (PCC), duas das maiores organizações criminosas do país.

Os ataques: o que é o PGC?

O PGC (Primeiro Grupo Catarinense) é uma organização criminosa criada dentro do sistema penitenciário de Santa Catarina. Ele surgiu como uma resposta ao avanço do PCC, que buscava expandir sua influência para o estado. A facção catarinense conseguiu se consolidar em pouco tempo e, hoje, é uma das principais potências criminosas do sul do Brasil. As informações são do UOL.

O objetivo principal da facção é o controle do tráfico de drogas e outras atividades ilícitas em Santa Catarina. Com o passar do tempo, o PGC formou alianças estratégicas com outras facções criminosas brasileiras, como o Comando Vermelho (CV) e a Família do Norte (FDN). Essas alianças ampliaram sua atuação para fora do estado.

  • Empresas de transporte público suspendem serviços na Grande Florianópolis; veja quais
  • Ação de facção criminosa gera filas quilométricas na BR-101
  • Via expressa, São José. - Foto: Imagem cedida ao SCC
  • Trevo Forquilhinha, São José. - Foto: Imagem cedida ao SCC Vídeo: Jorginho diz que em SC “bandido não tem moleza”

A facção segue uma estrutura hierárquica rígida, com uma linha de comando forte e centralizada. Mesmo com líderes presos, as ordens continuam sendo emitidas de dentro dos presídios, mantendo o controle sobre as ações da facção tanto dentro quanto fora das penitenciárias. Conforme relatado em um estudo da Unisul (Universidade do Sul de Santa Catarina), de autoria de Suiane França Goulart, o PGC opera de maneira semelhante ao PCC, com uma organização disciplinada e bem estruturada.

A rivalidade entre o PGC e o PCC começou quando a facção paulista, o PCC, tentou estender seu domínio sobre o tráfico de drogas em Santa Catarina. A reação do PGC foi imediata, levando a uma guerra sangrenta entre as duas facções. A disputa envolve não apenas o controle das rotas de tráfico de drogas, mas também a influência no sistema penitenciário do estado.

O PGC, apesar de local, conseguiu resistir à expansão do PCC em muitas regiões de Santa Catarina. Sua capacidade de reagir violentamente a tentativas de invasão de território por parte do PCC consolidou seu poder, mas também levou a um aumento nos confrontos entre as facções, afetando diretamente a segurança pública, segundo aponta o estudo da Unisul.

A atuação do PGC

Embora tenha nascido nos presídios catarinenses, o PGC estendeu suas operações para além das fronteiras do estado. O tráfico de drogas, assaltos e homicídios são algumas das atividades controladas pela facção. Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o grupo utiliza métodos brutais para manter a disciplina interna e o controle sobre as comunidades.

O estudo da Unisul apontou que os métodos brutais usados pelo PGC incluem execuções de rivais, sequestro de familiares de devedores de tráfico, imposição de “missões” como assassinatos dentro e fora dos presídios, além de emboscadas. Esses métodos servem como forma de disciplina interna e punição por inadimplências ou infrações dentro da facção. Se um membro acumula dívidas ou falha em cumprir as ordens da facção, pode ter que realizar essas missões ou enfrentar a própria execução.

A facção também se envolve em atividades de corrupção, principalmente no sistema penitenciário. O controle de presídios é uma das principais fontes de poder da facção, que consegue manipular e corromper funcionários públicos para manter o fluxo de drogas e armas.

Nos últimos anos, o PGC esteve envolvido em uma série de ataques violentos em Santa Catarina. Em resposta a operações policiais, a facção coordenou ataques incendiários e barricadas, que causaram pânico nas cidades. Esses ataques são uma estratégia usada para desviar a atenção das forças de segurança e demonstrar poder perante a sociedade e facções rivais.

Em setembro deste ano, Florianópolis e cidades vizinhas foram alvo de uma onda de incêndios provocados por membros do PGC. Segundo a Polícia Civil de Santa Catarina, os ataques ocorreram após uma operação policial no norte da ilha, em uma tentativa de retaliação. Ulisses Gabriel, chefe da Polícia Civil, afirmou que os eventos foram pontuais e não coordenados a partir dos presídios, como sugerido inicialmente.

As autoridades catarinenses intensificam as operações para combater o avanço do PGC. O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, garantiu que o estado não cederá à pressão de facções criminosas. Ele declarou que o governo está empenhado em desmantelar as organizações criminosas que ameaçam a segurança pública do estado.

Operações conjuntas entre a Polícia Civil, Militar e o Ministério Público são realizadas com frequência. Essas ações visam desarticular os núcleos de comando da facção e enfraquecer suas bases operacionais. Entretanto, os confrontos entre PGC e PCC continuam a representar uma ameaça à paz e à ordem em Santa Catarina.

*Com informações do Portal UOL.

>> Para mais notícias, siga o SCC10 no BlueSkyInstagramThreadsTwitter e Facebook.

Quer receber notícias no seu whatsapp?

EU QUERO

Ao entrar você esta ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

Fale Conosco
Receba NOTÍCIAS
Posso Ajudar? ×

    Este site é protegido por reCAPTCHA e Google
    Política de Privacidade e Termos de Serviço se aplicam.