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Operação Presságio

“Eu não tenho medo e nada a esconder”, diz Ed Pereira após ser alvo de operação na Capital

Na quinta-feira (18), o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, exonerou Ed Pereira após determinação da Justiça

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Redes Sociais/Reprodução
Foto: Redes Sociais/Reprodução

Após ser alvo da Operação Presságio da Polícia Civil, na manhã de quinta-feira (18), Ed Pereira, ex secretário de Turismo, Cultura e Esporte se pronunciou sobre o caso. A declaração foi feita na sua rede social.

Ainda na quinta-feira, o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, exonerou Ed Pereira do cargo de secretário após determinação da Justiça. A operação da Polícia Civil apura a suposta prática de Crime Ambiental de Poluição, fraude à licitação, corrupção passiva, corrupção ativa, associação criminosa e lavagem de dinheiro, perpetrados, em tese, por agentes públicos em cumplicidade com particulares.

No pronunciamento, Ed Pereira disse que fez tudo o que um gestor público correto deve fazer: “cooperei com a operação da polícia”. Além disso, falou que se afastou do cargo de secretário de turismo, cultura e esporte por 30 dias.

“Todo o caso investigado é de 2021. E o meu nome só aparece na investigação porque lá na época eu era secretário de esporte, cultura e lazer de Floripa. Eu quero acreditar que é pura coincidência que em 2024, ano de eleição, que essa investigação avance e que meu nome acabe envolvido no processo”, explicou.

Por fim, disse acreditar na sua honestidade e confiar na Justiça.

“Eu asseguro a todos vocês, eu não tenho medo e não tenho nada a esconder. Se houve qualquer irregularidade, eu torço para que qualquer envolvido seja punido. Por aqui, vou seguir cooperando com a polícia e esclarecendo à Justiça e trabalhando por Floripa, pois eu tenho certeza da honestidade dos meus atos e confio que a Justiça será feita”.

Entenda o caso

Na manhã desta quinta-feira (18), a Câmara de Vereadores de Florianópolis e Prefeitura Municipal foram alvos da Operação Presságio da Polícia Civil. Na Prefeitura, a operação teve como alvo dois secretários, sendo um dos investigados Ed Pereira, secretário de Turismo, Cultura e Esporte e o outro Fábio Braga, secretário Municipal do Meio Ambiente.

No total, a ação cumpre 24 mandados de busca e apreensão em Florianópolis, Brasília e Porto Velho, além de quatro ordens de Afastamento de Cargo Público, de servidores comissionados da Capital.

A operação é coordenada pela Delegacia de Investigação de Crimes Ambientais e Crimes contra Relações de Consumo (Deic). A investigação visa apurar a suposta prática de Crime Ambiental de Poluição, fraude à licitação, corrupção passiva, corrupção ativa, associação criminosa e lavagem de dinheiro, perpetrados, em tese, por agentes públicos em cumplicidade com particulares.

Investigação iniciou em janeiro de 2021

Segundo a Polícia Civil, a ação iniciou em meados de janeiro de 2021, em virtude do crime ambiental de poluição que estaria ocorrendo em um terreno adjacente à Passarela Nego Quirido, quando, foi constatado que uma empresa terceirizada, contratada para realizar a coleta de lixo, durante a greve da COMCAP, estava realizando o transbordo de resíduos no local, de forma totalmente inapropriada, há poucos metros da Baía Sul, na região central da Capital do Estado.

A operação policial foi intitulada Presságio, em razão da forma duvidosa que a empresa firmou contrato com o município de Florianópolis, demonstrando prever acontecimentos futuros. A empresa, com sede em Porto Velho (RO), foi contratada, de forma emergencial, sem processo licitatório, em razão da greve da COMCAP, decretada em 20/01/2021. o

Ocorre que, buscas em fontes abertas revelaram que a empresa já havia anunciado em sua rede social, Facebook, na data de 29/12/2020, que estava contratando pessoal para trabalhar em Florianópolis, vagas de trabalho relacionadas a coleta de resíduos, como: “Coletor de resíduos urbanos”. Ainda, constatou-se que a empresa assinou o contrato com a municipalidade no dia 19/01/2021, um dia antes da decretação da greve.

Segundo apurado, os investigados, supostamente orquestraram um esquema ilícito para contratar a empresa terceirizada durante a greve da COMCAP, entretanto, mesmo após o término da greve da autarquia, a empresa terceirizada permaneceu realizando os serviços de coleta, por, aproximadamente 02 anos, sem a devida licitação.

A greve da COMCAP teve duração de 10 dias e o contrato vigorou por 17 meses. No decorrer da investigação apurou-se outros arranjos supostamente ilícitos, envolvendo repasses de valores de uma Secretaria Municipal, por meio de contratos de fomento, para uma instituição não governamental.

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