Esteticista aprendeu a aplicar “peeling de fenol” em curso online, relata defesa

Na última segunda-feira (3), Henrique Chagas, de 27 anos, veio a falecer após passar por um procedimento estético de peeling de fenol realizado por Natalia Becker, na zona sul da capital paulista.

Segundo informações fornecidas para o OUL Notícias pela advogada Tatiane Forte, que representa Natalia, a profissional havia realizado um curso online para aprender a aplicar o peeling de fenol. Esse curso foi oferecido por uma farmacêutica em uma plataforma virtual. Ela afirmou que o tipo de fenol utilizado era “mais leve”, mas não soube informar a origem da substância.

De acordo com Tatiane Forte, Natalia oferecia esse procedimento desde dezembro de 2023 e atendia, em média, dois clientes por semana para realizá-lo. O valor pago por Henrique pelo procedimento foi de R$ 4.500. A advogada argumentou ainda que não há legislação que proíba Natalia de realizar o procedimento, pois nenhum órgão médico fundamentou essa proibição.

Natalia Becker foi indiciada por homicídio com dolo eventual, conforme explicou o delegado Eduardo Luis Ferreira à imprensa. Ele esclareceu que o indiciamento não se deu pelo fato de Natalia ter tido a intenção do resultado morte, mas sim por ter aceitado o risco de produzir tal resultado, caracterizando o dolo eventual.

Embora Natalia se apresentasse nas redes sociais como esteticista, a Associação Nacional dos Esteticistas e Cosmetólogos (Anesco) informou que não há registro dela em seu banco de dados como profissional esteticista ou técnica em estética.

*Com informações do OUL

Peeling de fenol: entenda a “troca de rosto” que matou jovem de 27 anos

Para ter a pele com uma aparência rejuvenescida, Henrique da Silva Chagas, de 27 anos, procurou a técnica do peeling de fenol. No entanto, ao passar pelo procedimento estético, o jovem acabou falecendo nesta segunda-feira (03), em uma clinica de Campo Belo, na zona sul de São Paulo. A polícia ainda investiga o que causou sua morte. As informações são do SBT News.

Conforme a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o procedimento é revolucionário, já que produz “resultados incomparáveis a qualquer outro método esfoliativo químico, mecânico ou a laser, oferecendo um resultado intenso de renovação da pele e estímulo de colágeno”. Mas pode ser arriscado se não receber a indicação e aplicação adequadas e, também, caso alguns cuidados não sejam tomados.

Ainda segundo o SBT News, o importante entender que o peeling é um procedimento dermatológico, conhecido popularmente como “troca de rosto”, feito com a utilização de outras substâncias químicas além do fenol. Ele pode ser superficial, médio ou profundo. No caso do fenol, as soluções Baker e Hatter são as que atingem as camadas mais profundas da pele, de acordo com a dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Tatiana Steiner.

A SBD alerta que, apesar dos efeitos positivos, é considerado um procedimento invasivo e agressivo.

>> Para mais notícias, siga o SCC10 no Twitter, Instagram e Facebook.