Esposa e executores recebem penas de até 37 anos por morte de marido em SC
Vítima foi atraída por um falso orçamento, rendida, amarrada e levada à força para uma área de mata fechada, sofrendo extrema tortura psicológica
• Atualizado

O Tribunal do Júri da Comarca de Brusque condenou na última sexta-feira (19) a esposa e dois homens envolvidos no assassinato de um empresário, proprietário de uma marmoraria, ocorrido em fevereiro de 2024. O caso chocou a cidade pelo planejamento e crueldade do crime.
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Segundo a investigação, a vítima foi atraída por um falso pedido de orçamento e, ao chegar no local combinado em outra cidade, foi rendida por um grupo de homens armados. O empresário teve o pescoço e as mãos amarradas, foi colocado no porta-malas de seu próprio carro e, em seguida, transferido para outro veículo, sendo levado a uma área de mata fechada. Durante o trajeto, os criminosos informaram que a morte havia sido encomendada pela esposa da vítima, causando “verdadeira tortura psicológica, pânico e desespero”, conforme registro da sentença.
No local, o homem foi violentamente agredido na cabeça e possivelmente baleado, e seu corpo enterrado em uma cova preparada pelos criminosos três dias antes do homicídio. Testemunhos e provas apontaram que os suspeitos realizaram um churrasco e gravaram vídeos no local antes do crime, demonstrando premeditação. O corpo só foi encontrado três meses depois, em avançado estado de decomposição, impossibilitando a determinação exata da causa da morte. O carro da vítima também foi furtado e vendido.
As investigações apontaram que a esposa contou com o auxílio de um suposto amante para contratar os executores, que receberam pagamento pelo homicídio. Ao todo, seis homens e a mulher foram presos durante o curso do inquérito.
Na sessão do júri, a ré, considerada a mandante, recebeu pena de 37 anos de prisão e multa de R$ 16 mil pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver e porte ilegal de arma de fogo, sendo aplicadas as qualificadoras de motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Apesar de não ter ocultado efetivamente o corpo ou portado a arma, ela foi considerada responsável por ter dado total apoio à execução do crime.
Um dos homens condenados, de 28 anos, recebeu pena de 35 anos e 10 meses de reclusão e multa de R$ 11 mil. Ele foi responsabilizado por homicídio com qualificadoras, ocultação de cadáver, porte ilegal de arma de fogo e furto do veículo da vítima.
O segundo réu, de 27 anos, foi condenado a 28 anos e quatro meses de prisão, além de multa de R$ 5 mil, pelos mesmos crimes atribuídos ao primeiro executor.
Os três condenados já estavam presos preventivamente e deverão cumprir a pena em regime fechado, sem possibilidade de recorrer em liberdade.
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