Entenda doença do atirador de Novo Hamburgo que matou 3 pessoas
Crime ocorreu nesta terça-feira (22)
• Atualizado
Três vítimas morreram e nove ficaram feridas após um ataque a tiros causado por Edson Fernando Crippa, de 45 anos, em Novo Hamburgo, no RS (Rio Grande do Sul), nesta terça-feira (22). O homem tinha o diagnóstico de esquizofrenia.
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De acordo com a Polícia Militar do RS, Edson Fernando Crippa atirou e matou o próprio pai, o irmão e um policial. A mãe, a cunhada, seis policiais e um guarda municipal também foram baleados e ficaram feridos.
O Chefe de Polícia Civil do Rio Grande do Sul, delegado Fernando Antônio Sodré de Oliveira, disse que o atirador era CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) e tinha registrado no nome quatro armas: duas pistolas, uma espingarda e um rifle.
Durante as quase 10 horas de cerco ele fez diversos disparos contra os policiais. A perícia localizou na casa pelo menos 300 munições de pistola ainda não deflagradas.
O que é esquizofrenia?
Segundo o Hospital Albert Einstein, a esquizofrenia é uma doença mental grave que afeta a forma como uma pessoa pensa, sente e se comporta.
Portadores “podem parecer perderam o contato com a realidade”, o que gera angústia para eles e para a famílias.
Os sintomas da esquizofrenia podem dificultar a participação em atividades cotidianas, mas tratamentos eficazes já estão disponíveis, acrescenta o Hospital.
“Muitas pessoas podem alcançar a independência e desfrutar de relacionamentos pessoais”, ressalta o Albert Einstein.
A doença não causa prejuízo à capacidade intelectual, embora ao longo do tempo possam aparecer prejuízos cognitivos.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a esquizofrenia é a terceira causa de perda da qualidade de vida entre os 15 e 44 anos. No Brasil, estima-se que 1,6 milhão de pessoas sejam portadoras da doença.
Quais os sintomas de esquizofrenia?
A esquizofrenia é caracterizada pela dissociação entre o que é real e o que é imaginário por parte do indivíduo.
O portador dessa doença tem alucinações, que constituem alterações da percepção, como “ouvir vozes” e ter visões e sensações não compartilhadas por outras pessoas, mas que para o paciente parecem reais.
Pessoas com esquizofrenia geralmente são diagnosticadas entre as idades de 16 e 30 anos, após o primeiro episódio de psicose.
Pesquisas mostram que mudanças graduais no pensamento, humor e funcionamento social muitas vezes aparecem antes do primeiro episódio de psicose.
Os sintomas da esquizofrenia podem diferir de pessoa para pessoa, mas geralmente se enquadram em três categorias principais: psicóticos, negativos e cognitivos.
- Sintomas psicóticos
Pessoas com sintomas psicóticos experimentam o mundo de uma maneira distorcida. Para algumas delas, esses sintomas vêm e vão. Para outras, tornam-se estáveis ao longo do tempo.
Alucinações, delírios (quando a pessoa tem crenças fortes que não são verdadeiras e que parecem irracionais para os outros) e dificuldade para organizar o pensamento são alguns dos sintomas.
- Sintomas negativos
Perda de motivação, perda de interesse ou prazer nas atividades diárias, abandono da vida social, dificuldade em mostrar emoções e dificuldade em viver normalmente.
- Sintomas cognitivos
Incluem problemas de atenção, concentração e memória. Eles dificultam que o portador da doença acompanhe uma conversa, aprenda coisas novas ou lembre de compromissos.
O que causa esquizofrenia?
As causas da esquizofrenia ainda são desconhecidas. Acredita-se na existência de uma predisposição genética que interage com fatores físicos, ambientais e psicológicos para que a doença se manifeste.
Para mais detalhes sobre a doença, acesse o site oficial do Hospital Albert Einstein.
*Com informações do SBT News.
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