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Chocante

Enforcada com barbante, jovem teve corpo queimado e enterrado; trio é condenado

Jovem foi atraída por convite falso, morta em emboscada e enterrada em terreno baldio

• Atualizado

Tamiris Flores

Por Tamiris Flores

Enforcada com barbante, jovem teve corpo queimado e enterrado; trio é condenado – Imagem: reprodução/ MPSC
Enforcada com barbante, jovem teve corpo queimado e enterrado; trio é condenado – Imagem: reprodução/ MPSC

Um trio, dois homens e uma mulher, foi condenado à prisão pelo assassinato e pela ocultação do corpo de Vanessa Motta Martins, em um dos julgamentos que durou dois dias, no Meio-Oeste de Santa Catarina. O crime aconteceu em maio de 2023, em Pinheiro Preto. Os dois réus foram sentenciados a 19 anos de reclusão e a ré a 12 anos e oito meses. Todos cumprirão pena em regime inicial fechado e não poderão recorrer em liberdade.

Segundo a investigação da Polícia Civil, Vanessa foi morta após cair em uma emboscada. Na noite de 22 de maio de 2023, ela aceitou um convite de um dos réus para sair e fumar narguilé. Quando entrou no carro, foi enforcada com um barbante por outro réu, com quem mantinha um relacionamento extraconjugal. Ele estava escondido no banco de trás do veículo e atacou de surpresa, impedindo qualquer reação da vítima.

Depois do crime, os dois homens dirigiram pela região com o corpo durante toda a madrugada. No dia seguinte, levaram o cadáver até um terreno baldio, onde o amarraram, queimaram e enterraram com o auxílio de um trator. O corpo foi encontrado sete dias depois.

A perícia nos celulares dos envolvidos revelou que a mulher, companheira do autor do estrangulamento, sabia do plano e ajudou na ocultação do crime. Ela foi denunciada como coautora e respondeu ao processo em liberdade.

O julgamento ocorreu no fórum de Tangará, comarca que abrange o município de Pinheiro Preto. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) acusou o trio de homicídio com quatro qualificadoras — feminicídio, asfixia, motivo fútil e recurso que dificultou a defesa (dissimulação) — e ocultação de cadáver.

A sessão do Tribunal do Júri durou dois dias. Começou na manhã de terça-feira (8) com o sorteio dos jurados e terminou por volta das 17h de quarta-feira (9), com a leitura da sentença. O salão ficou lotado com familiares, amigos e moradores que acompanharam de perto o caso que chocou a região. Muitos usavam camisetas com a foto de Vanessa e pedidos por justiça. O pai da jovem se emocionou durante o julgamento ao lembrar da filha.

Por falta de espaço, algumas pessoas ficaram do lado de fora, mesmo com o frio do inverno local. A segurança foi reforçada com cerca de 20 policiais militares, penais e civis.

A Promotora Thayse Göedert Pauli, titular da Comarca de Tangará, afirmou que “os jurados deram a resposta que a sociedade aguardava, mostrando que crimes contra a vida não podem ser tolerados nem minimizados”. José da Silva Júnior, do Grupo de Atuação Especial do Tribunal do Júri (GEJURI), completou: “o MPSC foi a voz de uma família enlutada, que esperou mais de dois anos por justiça e que a partir de agora não precisará mais conviver com a impunidade”.

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