Enfermeira condenada por matar sete bebês pode ser inocente, aponta novo estudo
A acusação alegou que Lucy matou os recém-nascidos com injeções de insulina e ar
• Atualizado
A enfermeira britânica Lucy Letby, de 35 anos, condenada à prisão perpétua pelo assassinato de sete bebês no hospital Condessa de Chester, em Liverpool, pode ser inocente. Um comitê médico revelou na terça-feira (04) que Lucy é vítima de “uma das maiores injustiças dos tempos modernos”.
Condenada em agosto de 2023, Lucy recebeu 15 sentenças de prisão perpétua por mortes ocorridas entre 2015 e 2016. No entanto, um relatório apresentado pelo novo advogado de defesa, Mark McDonald, questiona a legitimidade das acusações. Elaborado por 14 especialistas renomados, o estudo conclui que não há evidências concretas de que as crianças foram assassinadas.
O neonatologista canadense Shoo Lee, que liderou o painel de especialistas, declarou que a equipe encontrou “muitos problemas com o atendimento médico” e nada que comprovasse ataques deliberados. O relatório, com 31 páginas, sugere causas alternativas para quatro das sete mortes, apontando a precariedade dos cuidados como fator contribuinte.
“Em resumo, senhoras e senhores, não encontramos nenhum assassinato”, reforçou Lee, indicando que falhas em procedimentos médicos básicos, atrasos no tratamento e diagnósticos incorretos foram identificados como principais problemas. Além disso, o hospital Condessa de Chester enfrentava sérias dificuldades estruturais e falta de pessoal qualificado. “Se isso tivesse acontecido em um hospital no Canadá, ele seria fechado”, afirmou Lee.
A defesa de Lucy entrou com recurso pedindo a revisão do caso por erro judicial junto à Comissão de Revisão de Casos Criminais (CCRC), que confirmou estar examinando formalmente o caso.
Relembre o caso
Lucy Letby foi condenada após investigações que apontaram seu envolvimento em mortes de bebês enquanto estava de plantão na unidade neonatal. A polícia encontrou documentos e anotações médicas sobre os bebês em sua casa e registros de pesquisas sobre os pais das vítimas nas redes sociais. Durante o julgamento, a acusação alegou que Lucy matou os recém-nascidos com injeções de insulina e ar, além de forçar a alimentação com leite.
Em sua defesa, Lucy afirmou que nunca tentou machucar os bebês e que as condições inseguras do hospital contribuíram para as mortes. Ela também alegou ser alvo de uma conspiração médica e explicou a carta onde se dizia “uma pessoa horrível e má” como resultado de um colapso emocional.
*Com informações de terra
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