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“Ele não entrou em depressão”: Família desmente boatos sobre incêndio que matou pai e filhos

A família do homem que morreu em um incêndio com os dois filhos se posicionou sobre boatos que estavam circulando sobre como o fogo foi causado.

• Atualizado

Renato Becker

Por Renato Becker

Foto: Arquivo Pessoal | Cedido
Foto: Arquivo Pessoal | Cedido

“Ele não entrou em depressão, não deixou de fazer o melhor como pai”, é assim que Amanda Martini, sobrinha de Alessio Savio Cognaco, de 56 anos, responde aos boatos inventados após o falecimento de seu tio e primos, os gêmeos Bruno e Lucas, de apenas 7 anos, em um incêndio na noite da última terça-feira (11), em Florianópolis.

A família se posicionou nas redes sociais para desmentir comentários que diziam que o Alessio tinha depressão e teria colocado fogo na casa com ele e os filhos dentro. A cunhada de Alessio esclareceu a situação e desabafou em uma publicação “não aguento mais, ele não tentou se matar e nem matou os filhos, ele tentou de todas formas salvar a vida deles, ele não tava depressivo”.

As especulações inventadas sobre o caso relacionavam a perda da esposa de Alessio com a causa do incêndio, os comentários diziam que, após o falecimento da mulher, ele havia desenvolvido um quadro de depressão. A sobrinha deixa claro que o momento foi difícil para a família, mas que todos estavam unidos e seu tio não tinha um quadro depressivo.

“Um ano atrás perdemos minha tia, irmã da minha mãe, por problemas na saúde. A família inteira ficou abalada, mas ele não entrou em depressão, não deixou de fazer o melhor como pai. Todos nós estávamos sempre juntos, um ajudando o outro”

afirma Amanda.

Segundo a sobrinha, a perda do tio está sendo um momento difícil, mas as informações estão circulando pioram a situação. “Estamos despedaçados, e ler tudo o que estão falando, é muito pior” afirma. Para ela, quem faz os comentários que estavam circulando sobre seu tio são “pessoas maldosas e sem empatia com o próximo”.

“Nossa família está em pedaços, cada um de nós perdeu uma parte nesse incêndio terrível, e não tem como se recuperar de algo assim”

conta a sobrinha.


Para Amanda, o tio não pouparia esforços para salvar a vida dos filhos. “Ele com toda certeza fez o que pode, pois é isso que ele faria” conta.

A sobrinha ficou indignada quando soube que algumas pessoas estavam criando teorias sobre as causas do incêndio. “É agoniante imaginar toda essa situação, e mais agoniante ainda imaginar que existem pessoas que podem acreditar que uma tragédia dessas tenha sido provocada por esse pai que deu sempre o melhor pelos filhos dele” desabafou.

Até o momento a família não tem previsão de quando poderá se despedir de Alessio, Bruno e Lucas em velório. Como os corpos foram carbonizados, o processo de identificação leva mais tempo.

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Pai e trabalhador

A sobrinha conta que o Alessio sempre foi um homem trabalhador e bom pai. “Ele sempre foi um guerreiro e não deixou nunca nada faltar para a família dele, um ótimo pai, um ótimo tio, irmão e cunhado” ressalta.

Foto: Redes sociais

“Meu tio sempre foi uma ótima pessoa, trabalhou a vida inteira para dar o melhor para família dele, trabalhou durante muitos anos como leitor de luz como”

conta Amanda.

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>> Imagens mostram cenário de destruição após incêndio que matou pai e filhos em Florianópolis

Foto: Kaíky Goede

Causas do incêndio

A família ainda não tem nenhuma certeza sobre como pode ter iniciado o incêndio. “Mas segundo tudo que ouvimos e vimos, inclusive relatos dos bombeiros que atenderam a ocorrência, os três foram achados na cozinha, juntos, acreditamos que ele tentou fazer de tudo para tirar as crianças da casa e sair também, mas não deu tempo, porque como muitos falaram foi coisa de minutos para casa inteira ser tomada” explica Amanda.

Um inquérito foi instaurado para investigar o incêndio. A Delegacia de Polícia do Continente está responsável pelo caso. O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina deve elaborar um laudo sobre o incêndio, entregue em cerca de 30 dias.

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