“Ele é o mal em pessoa”, afirma promotor sobre acusado de ataque em Saudades

“Ele matou o sonho das famílias”, a afirmação do promotor de justiça Bruno Poerchke foi dada em meio à lágrimas de familiares das vítimas do ataque à creche Aquarela, em Saudades, no dia 4 de maio. Acompanhados de amigos e familiares, os pais dos pequenos Murilo Massing, Sarah Luiza Mahle Sehn, Anna Bela Fernandes de Barros, e das professoras Mirla Renner e Keli Adriane Anieceviski acompanharam defesa e acusação relembrando o dia do crime.

Poerchke afirmou, mais de três vezes, que os jurados precisam determinar a pena máxima ao acusado, a quem se referiu como “o mal em pessoa”. “Ele escolheu a creche pois estava com as portas abertas e era mais fácil. Hoje é precedente para outros casos como Blumenau”, disse o promotor. Os promotores dividiram o tempo de réplica entre eles e com o advogado assistente Luiz Geraldo Gomes dos Santos.

Vídeo de vítimas emociona policiais, jurados e presentes

Antes de Poerchke, o advogado assistente emocionou a todos os presentes no plenário com um vídeo das vítimas Anna Bela e Murilo. Com autorização dos pais, imagens das crianças brincando e falando foram expostas ao júri. A música e as falas dos pequenos levaram todos às lágrimas, incluindo policiais, jurados e imprensa presente.

“Serão os 20 minutos mais difíceis da minha vida”, disse Santos ao iniciar sua fala. “Ele nos tirou aquilo de mais precioso, a vida de crianças, a inocência. A desgraça, o ódio, a barbárie bateu em nossa porta”, disse em lágrimas o advogado, que disse que o acusado, a quem descreveu como “a face da morte e da maldade”, transformou o ambiente de afeto, as creches, em prisões.

Ao final, o promotor Fabrício Nunes pontuou quais as deliberações que os jurados precisarão dar e disse ter esperança na justiça. “Nada em vida é mais cruel que perder um filho”, finalizou eles.

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