Dona de clínica é indiciada após modelo sofrer necrose em procedimento estético em SC

A Polícia Civil (PCSC) concluiu o procedimento que apura o caso da modelo Karim Kamada, que sofreu necrose após passar por um procedimento estético em Jaraguá do Sul. A dona da clínica foi indiciada por seis crimes.

O delegado Luiz Carlos Gross, responsável pelo caso, indiciou a mulher por estelionato, lesão corporal gravíssima, exercício ilegal da profissão, desobediência, desacato, além de crime previsto no Código de Defesa do Consumidor, relacionado à oferta de serviços de forma irregular ou enganosa.

O procedimento foi encaminhado para o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que irá avaliar o caso e poderá apresentar denúncia ou solicitar novas diligências. Caso a denúncia seja oferecida e aceita pelo Judiciário, o processo avança para instrução e julgamento.

Entenda o caso

A moradora de Schroeder, Karim Kamada, de 51 anos, sofreu sequelas de um procedimento estético com aplicação de enzimas. Ela buscou atendimento de uma profissional de Jaraguá do Sul após ver um anúncio patrocinado nas redes sociais.

O procedimento, que prometia reduzir celulites, foi apresentado sem riscos, usando uma caneta pressurizada, equipamento que injeta líquidos sem o uso de agulhas.

As aplicações iniciaram em maio e foram realizadas aproximadamente seis sessões. Ao SCC10, Karim relatou que além de glúteos, em algumas ocasiões, a substância foi aplicada nos braços e abdômen.

Depois de algumas sessões, a modelo começou a sentir ardência e notar pontos vermelhos na pele. O caso virou alvo de investigação do MPSC e da Polícia Civil.

A clínica em que a mulher atua chegou a ser interditada pela Vigilância Sanitária, após a constatação de irregularidades.

No entanto, a responsável regularizou a atividade profissional e apresentou certificados que a autorizam a realizar as técnicas de massoterapia, drenagem linfática e massagem relaxante

O Portal SCC10 entrou em contato com a dona da clínica, identificada como Vanderleia de Fátima Andrade Santos, mas não teve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para posicionamento.

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