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Diretor afastado após denunciar crime em creche de Florianópolis? Entenda o caso

A denúncia de exoneração feita pelo vereador Leonel Camasão ganhou força após ele afirmar que o profissional foi punido justamente por ter ajudado a expor o crime

• Atualizado

Redação

Por Redação

Diretor afastado após denunciar crime em creche de Florianópolis Entenda o caso. – Foto: Imagem Ilustrativa/Canva/Reprodução
Diretor afastado após denunciar crime em creche de Florianópolis Entenda o caso. – Foto: Imagem Ilustrativa/Canva/Reprodução

O afastamento do diretor de uma creche em Florianópolis, dias após um caso de abuso sexual e pornografia infantil vir à tona, gerou polêmica nas redes sociais neste domingo (6). A denúncia de exoneração feita pelo vereador Leonel Camasão ganhou força após ele afirmar que o profissional foi punido justamente por ter ajudado a expor o crime.

Segundo Camasão, o afastamento do diretor ocorreu mesmo após uma reunião do conselho escolar com a comunidade, que manifestou apoio unânime à permanência do profissional. “Esse é o prêmio por ajudar a salvar nossas crianças?”, escreveu o vereador. “Inadmissível”, completou.

Diretor de creche teria omitido o crime

A Prefeitura de Florianópolis, no entanto, nega a versão apresentada pelo vereador. Em nota oficial, o município afirma que o diretor foi exonerado por suposta omissão, já que teria recebido a denúncia internamente ainda em fevereiro e não teria tomado nenhuma medida até que o caso chegasse ao conhecimento da administração municipal.

Um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) foi aberto para apurar a conduta.

“A Prefeitura de Florianópolis informa que exonerou do cargo e irá abrir um PAD para apurar suposta omissão do diretor no caso de abusos contra crianças em um NEIM no centro da cidade. O profissional teria recebido a denúncia internamente ainda em fevereiro, sem adotar qualquer medida até a tomada de ciência do caso pelo Município”

A prefeitura também destacou que uma nova profissional foi designada para a direção do Núcleo de Educação Infantil (NEIM), a fim de garantir a continuidade dos trabalhos pedagógicos e a assistência às crianças.

O município reforçou que, assim que recebeu a primeira denúncia formal sobre o professor investigado, acionou a Polícia Civil e iniciou o acolhimento às famílias afetadas.

Crime de pornografia infantil em creche de Florianópolis

O caso que motivou toda a repercussão veio à tona no início de julho, quando a Polícia Civil de Santa Catarina concluiu uma investigação que apurava crimes de pornografia infantil e abuso de vulneráveis.

O inquérito, conduzido pelo delegado Rodrigo Maciel, resultou na prisão de um professor de 34 anos, que atuava em uma creche no bairro Agronômica, na capital catarinense.

Seis vítimas foram identificadas, sendo que a mais velha tem apenas seis anos. Durante a investigação, a polícia encontrou mais de cinco mil vídeos e fotos de conteúdo pornográfico infantil, alguns deles produzidos dentro da própria unidade escolar. As suspeitas começaram após pais de alunos relatarem mudanças no comportamento dos filhos.

O professor passou a noite no presídio e, no dia seguinte, enfrentou uma audiência de custódia. A pena para os crimes cometidos pode chegar a 20 anos de prisão.

O que diz a Secretaria de Educação

A Secretaria Municipal de Educação informou que recebeu oficialmente a denúncia contra o professor em 5 de junho de 2025 e, no dia seguinte, determinou o afastamento imediato, instaurando um processo disciplinar para apuração.

“Com o objetivo de assegurar a normalidade das atividades escolares e a proteção dos estudantes, a Secretaria promoveu a reposição da vaga do profissional afastado, evitando prejuízos pedagógicos.

Desde o primeiro momento, está sendo realizado ainda acolhimento contínuo das famílias envolvidas e de toda a comunidade escolar, por meio de equipes multidisciplinares e com o apoio de escuta especializada, garantindo atenção, apoio psicológico e suporte social adequados à gravidade da situação.”

A pasta também garantiu que está colaborando com as autoridades policiais e reafirmou que a proteção das crianças é uma prioridade inegociável da rede municipal de ensino.

O caso segue sendo investigado.

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