Detento morto em penitenciária de SC cumpria pena por matar menino de dois anos, veja detalhes
Foi identificado como Luiz Fernandes de Oliveira, de 43 anos, o detento morto na tarde desta sexta-feira (29) dentro da Penitenciária Industrial de Chapecó, no Oeste catarinense
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Foi identificado como Luiz Fernandes de Oliveira, de 43 anos, o detento morto na tarde desta sexta-feira (29) dentro da Penitenciária Industrial de Chapecó, no Oeste catarinense. Ele cumpria pena de mais de 50 anos de reclusão pelos crimes de homicídio e tortura contra o sobrinho, o menino Lyan de Oliveira, de apenas 2 anos, morto em 2022 após agressões brutais.
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A morte ocorreu no setor de dobra da fábrica BBC Têxtil, instalada no complexo prisional. De acordo com informações apuradas, Luiz foi atingido por uma estocada de tesoura e chegou a ser levado à enfermaria da unidade, mas não resistiu. O autor do ataque foi identificado como o também detento Paulo Sérgio Mariano, que confessou o crime. Ele relatou que vinha sendo alvo de provocações de Luiz desde o dia 25 de agosto, quando passou mal após aceitar comida oferecida por ele. Paulo afirmou que, após dias de zombaria, “perdeu a cabeça” e desferiu o golpe fatal.
Policiais penais relataram que Luiz ainda tentou correr ferido pelos corredores da fábrica antes de cair e ser socorrido. Funcionários da empresa afirmaram não ter presenciado a agressão. O local foi isolado e as imagens das câmeras de segurança serão analisadas pela Polícia Civil e pela Polícia Científica.
Histórico de violência
Em 2024, Luiz Fernandes foi condenado a mais de 50 anos de prisão por torturar cinco crianças em Ponte Serrada, entre elas o sobrinho Lyan. A mãe das vítimas havia deixado os filhos sob os cuidados dele e da companheira, Tânia Correia Claras, enquanto trabalhava em Brusque.
As investigações apontaram que as crianças sofriam espancamentos com fios de TV, canos de PVC e chinelos, além de privações de comida, trabalhos forçados e tortura psicológica. Luiz chegou a amarrá-las em cadeiras e amordaçá-las para que assistissem, sem poder gritar, às agressões cometidas contra Lyan.
Em fevereiro de 2022, segundo os autos, ele tentou afogar o menino no vaso sanitário e fraturou o fêmur da criança. Lyan morreu semanas depois, em 5 de março, após uma sequência de chutes, tapas e socos desferidos por Tânia. O laudo médico apontou politraumatismo como causa da morte.
*Com informações do Jornal Razão.
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