Dentista de SC morre em cela após ser preso por suspeita de ’embriaguez ao volante’
Na manhã de sábado (19), Cezar foi encontrado caído no chão, gelado e sem sinais de vida
• Atualizado
O dentista e servidor público do Tribunal Regional do Trabalho (TRT/SC), Cezar Maurício Ferreira, foi encontrado morto na cela da Central de Polícia Civil de São José, na Grande Florianópolis, após ter sido preso por suspeita de embriaguez ao volante. O caso aconteceu na noite de sexta-feira (18).
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Segundo a Polícia Militar (PM), um homem acionou a guarnição para uma ocorrência de acidente de trânsito, onde um veículo teria batido na traseira de outro carro. No local, os policiais tentaram contato verbal com Cezar, “porém o mesmo não conseguia responder por estar aparentemente embriagado”, sendo oferecido o etilômetro mas o homem não conseguiu fazer.
O veículo do dentista foi encaminhado para o pátio, já que, segundo a PM, estaria com o licenciamento vencido. Já o homem foi levado para a Central de Polícia Militar de São José.
Dentista de SC morre em cela após ser preso por suspeita de ’embriaguez ao volante’
Ao ser conduzido para a cela, Cezar não aceitou a comida e água oferecidas pelos policiais. “Recebeu uma coberta e um travesseiro e foi dormir”, disse a guarnição.
Foi informado ainda que por duas vezes foram na cela e questionaram se estava tudo bem, sendo afirmado por ambos. Na manhã de sábado (19), Cezar foi encontrado caído no chão, gelado e sem sinais de vida.
“Acionamos o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que constatou a morte do detento”, afirmou a polícia.
Família cobra respostas
Em uma publicação nas redes sociais, a família de Cezar Maurício Ferreira cobra respostas e justiça após a morte do dentista. Em relato, familiares afirmam que a vítima sofreu um mal súbito enquanto dirigia e foi detido ‘por apresentar sinais de embriaguez’. Eles contam ainda que o dentista estava com sinais claros de princípio de infarto.
Na nota, a família informa que não foi informada da detenção e nem da morte, e que só foram acionados porque terceiros os informaram da ocorrência. “Cezar foi tratado como um criminoso quando, na verdade, era uma vítima necessitando de socorro urgente”, diz a nota.
Repercussão
O caso repercutiu após ser compartilhado em páginas nas redes sociais. A vereadora de Florianópolis, Carla Ayres (PT), informou que assim que tomou conhecimento do caso, protocolou um requerimento na Câmara de Vereadores solicitando explicações junto à Secretaria de Estado de Segurança Pública. “Cezar precisava de ambulância, não de camburão”, exclamou a parlamentar.
Por meio de nota, a Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) informou que está apurando o caso com urgência máxima.
O SCC10 tenta contato com a defesa da vítima para mais esclarecimentos. Esta matéria será atualizada com os relatos.
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