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Entrevista

Delegada explica porque mãe entregou menino encontrado em SP

Delegada falou sobre como a criança foi encontrada e as principais motivações da mãe para doá-lo

• Atualizado

Vitória Farinha

Por Vitória Farinha

Foto 01: PCSC | Reprodução Foto 02: Canal Crimes S/A | Reprodução
Foto 01: PCSC | Reprodução Foto 02: Canal Crimes S/A | Reprodução

No último sábado (20), o canal de YouTube Crime S/A publicou uma entrevista com a delegada Sandra Mara, responsável pelo caso do menino catarinense encontrado em São Paulo no dia 8 de maio. A delegada falou sobre como a criança foi encontrada e as principais motivações da mãe para doá-lo.

De acordo com a delegada, a mãe do menino, de dois anos, estava sendo aliciada a doá-lo desde à gestação por meio de conversas nas redes sociais. O aliciador teria encontrado a mulher em grupos relacionados a gravidez e a adoção.

“Ela é uma pessoa vulnerável emocionalmente e psicologicamente, então é uma presa fácil para quem quer fazer algum mal”, relatou Sandra Mara. A mãe do menino também falou à polícia que entregou espontaneamente a criança para adoção.

A mãe falou, segundo a delegada, que “não tem condições, que não queria que ficasse com a família dela, que ela quer uma vida melhor para a criança, que é muito jovem, que não está inserida no mercado de trabalho, que ela só tem ensino médio”.

Alguns dos mecanismos que ajudou na localização do menino foi a placa adulterada do veículo no qual ele estava. “Quando nós abrimos o celular (da mãe), já vimos que ele não estava mais em Santa Catarina. Vimos fotos dele em São Paulo dentro de um carro, procuramos em hotéis e vimos na câmera de segurança a placa do mesmo veículo. Aí conseguimos ver onde a placa estava e com quem estava”.

Delegada explica cronologia do desaparecimento:

Na entrevista, a delegada também explicou que foi no dia 30 de abril que a avó materna viu o menino pela última vez com a mãe. No dia 1º era feriado e a avó não viu a criança, mas a mãe falou que ele ficou na casa de uma amiga. Já no dia 2 de abril, a mãe passou mal e foi internada em estado grave. Por isso, no dia 3, a família materna foi atrás da criança na casa da amiga, mas ele não estava lá.

Após isso, a família foi na casa de um homem que era suposto pai, onde o menino também não foi encontrado. A família, então, registrou boletim de ocorrência e o delegado viu que o caso era muito grave. A partir disso iniciaram as investigações.

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