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ENTENDA

Defesa Civil não previu intensidade das chuvas que atingiram SC

Os modelos meteorológicos falharam em prever a magnitude real do evento

• Atualizado

Redação

Por Redação

Defesa Civil não previu intensidade das chuvas que atingiram SC. – Foto: Pixabay/Reprodução
Defesa Civil não previu intensidade das chuvas que atingiram SC. – Foto: Pixabay/Reprodução

A chuva extrema que atingiu Santa Catarina na quinta-feira (16) e sexta-feira (17) superou as previsões da Defesa Civil, que inicialmente indicavam volumes máximos de 50 a 70 mm. Os acumulados ultrapassaram 350 mm em poucas horas, quase dobrando a média mensal, com alagamentos, enxurradas e graves danos em várias cidades.

Previsão subestimada e resposta tardia

Os alertas iniciais da Defesa Civil, emitidos na quarta-feira (15), previam temporais isolados e chuvas intensas em nível de observação classificado como amarelo.

No entanto, os modelos meteorológicos falharam em prever a magnitude real do evento. Segundo a equipe de meteorologistas da Defesa Civil do Estado, “os volumes de chuva e os impactos foram muito superiores ao previsto”, algo considerado atípico e que surpreendente os profissionais.

“Apesar do histórico de previsões bem-sucedidas do sistema de monitoramento, comprovando os crescentes investimentos nos centros meteorológicos estaduais nos últimos anos, este evento apresentou características inesperadas”, afirma uma nota emitida pela Secretaria da Proteção e Defesa Civil e Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI).

A chuva intensa começou na madrugada de quinta-feira, afetando inicialmente Itajaí e Camboriú, antes de se intensificar na Grande Florianópolis.

Regiões como Tijucas e o bairro Santo Antônio de Lisboa, em Florianópolis, sofreram os maiores impactos.

Alertas emitidos em diferentes níveis

Os primeiros avisos foram de nível amarelo, como o enviado às 6h34 para o Baixo Vale do Itajaí. Somente às 8h12 os alertas evoluíram para nível laranja e, minutos depois, para vermelho.

O sistema de mensagens por SMS foi utilizado em níveis mais severos, mas com atraso em relação à rapidez do evento.

“Santa Catarina possui a maior taxa de adesão no serviço de alertas por SMS, com 9,84% dos celulares cadastrados para receberem os alertas. Recentemente o programa Defesa Civil Alerta, lançado pelo Governo Federal, permite a emissão de alertas para toda a população de uma determinada área”, explicou as autoridades.

“Os alertas em nível severo tocam um beep e a mensagem de alerta sobrepõe a tela de todos os celulares. Já no nível extremo, além da mensagem, um sinal sonoro semelhante a uma sirene é acionado nos celulares”, acrescentou a nota.

O primeiro alerta por “cell broadcast” foi disparado apenas às 10h55 para cidades como Tijucas, Canelinha e Florianópolis, quando os danos já eram significativos.

No total, entre os dias quarta e quinta, foram emitidos 35 alertas meteorológicos e 25 geológicos. Apesar disso, a demora para escalar os níveis dos avisos gerou críticas.

“Vale destacar que Santa Catarina é um dos poucos estados brasileiros que conta com serviço de monitoramento 24 horas por dia e que dispõe de ferramentas fundamentais para a emissão desses alertas, como radares, estações meteorológicas e uma antena de captação do satélite GOES-16”, ressalta a nota oficial da Secretaria da Proteção e Defesa Civil e EPAGRI.

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