“CPF cancelado”, comemora Bolsonaro ao comentar a morte de Lázaro
Para Bolsonaro, a morte de Lázaro representa "menos um para amedrontar as famílias do bem"
• Atualizado
O presidente Jair Bolsonaro comemorou, nas redes sociais, a morte do “serial killer do DF” Lázaro Barbosa, que veio a óbito em troca de tiros na manhã desta segunda-feira (28), após 20 dias de investigação. “CPF cancelado!”, comemorou o presidente. Bolsonaro ainda parabenizou os policiais que participaram da investigação: “Parabéns aos heróis da PM-GO por darem fim ao terror praticado pelo marginal Lázaro”, e acrescentou que “o Brasil agradece”.
Para Bolsonaro, a morte de Lázaro representa “menos um para amedrontar as famílias do bem”. “Suas vítimas, sim, não tiveram uma segunda chance”, afirmou o presidente.
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Após a divulgação da morte de Lázaro, o termo “CPF cancelado” tomou conta das redes sociais. Nesta manhã, a expressão aparece entre os cinco assuntos mais comentados no Twitter no Brasil e ocupa a 19ª posição nos assuntos mais falados no mundo na rede social. A expressão foi divulgada pelo presidente pela primeira vez numa foto tirada em abril durante visita a Manaus.
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A reação pela morte de Lázaro retomou o ânimo do discurso de Bolsonaro sobre combate à criminalidade entre os bolsonaristas, que estava com baixa popularidade em meio às mortes contra a covid-19 no País. No entanto, mesmo com a reação de aprovação de seus apoiadores, a publicação de Bolsonaro comemorando a morte de Lázaro soma comentários que relembrar as mais de 510 mil mortes pela doença no Brasil. “Só o dele não. Mais de 510 mil” CPFs cancelados, pontuou um perfil.
Polícia investigará se Lázaro atuou como jagunço e teve ajuda na fuga
Por Agência Brasil
O principal alvo da apuração da suposta ligação de Lázaro com matadores é, de acordo com Miranda, o dono de uma chácara onde o fugitivo chegou a se esconder e obter alimentos, Elmi Caetano Evangelista, preso na última quinta-feira (24).
“O empresário [chacareiro] que está preso é um dos líderes da organização”, disse o secretário, afastando a tese de que Lázaro atuava sozinho. “Mais para frente, quando a investigação estiver finalizada, colocaremos [todas as informações] para vocês. Mas já há uma linha de apuração. Uma das coisas [hipóteses] é de que ele [Lázaro] atuava como jagunço ou segurança para algumas pessoas”, afirmou o secretário estadual, declarando que a suposta “organização” pode estar envolvida com crimes como latrocínio e assassinatos nos quais Lázaro pode ter participação.
Segundo Miranda, Lázaro trocou de roupas várias vezes (“Uma prova de que ele tinha uma rede que o acobertava”) e, ao ser morto, estava com cerca de R$ 4,4 mil no bolso. O que, para o secretário, evidencia não só sua intenção de seguir fugindo, mas também que ele contava com o suporte de outras pessoas. O dinheiro é, certamente, um indicativo de que ele estava querendo sair do estado ou do país. E esta questão dele querer fugir, logicamente com o patrocínio [de terceiros], tinha gente interessada em que ele não fosse preso.
Lázaro foi surpreendido por policiais quando chegava à casa de sua ex-sogra, na zona rural de Águas Lindas (GO), a cerca de 50 quilômetros de Brasília. “Ele foi para encontrar com ela. Nós já estávamos monitorando, tentamos pegá-lo no momento [em que ele se aproximou], mas ele chegou a ameaçar alguns policiais”, contou Miranda, explicando que após ser cercado, Lázaro trocou tiros com os policiais e foi baleado. Sua ex-esposa e sua ex-sogra foram conduzidas para prestar depoimento.
Socorrido com vida, Lázaro foi levado ao Hospital Municipal Bom Jesus, de Águas Lindas de Goiás (GO), mas não resistiu aos ferimentos. Seu corpo já foi transferido para o Instituto Médico Legal (IML) de Goiania, onde será periciado antes de ser liberado para que sua família providencie o enterro.
Lázaro é acusado de assassinar quatro pessoas da mesma família em uma chácara no Distrito Federal. Uma quinta vítima teria sido feita refém em Goiás. Ele ainda é suspeito de balear três pessoas no município de Cocalzinho de Goiás, onde se concentraram as buscas. Além disso, já tinha sido condenado por homicídio na Bahia.
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