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PROSTITUIÇÃO INTERNACIONAL!

Como funcionava o esquema de tráfico de mulheres para exploração sexual na Europa; entenda

Cerca de 70 mulheres foram identificadas como vítimas, enquanto o grupo criminoso lavava dinheiro e praticava fraudes documentais

• Atualizado

Ricardo Souza

Por Ricardo Souza

Como funcionava o esquema de exploração sexual de mulheres na Europa desarticulado pela Operação Cassandra | Foto: Polícia Federal
Como funcionava o esquema de exploração sexual de mulheres na Europa desarticulado pela Operação Cassandra | Foto: Polícia Federal

A Polícia Federal, com o apoio da Receita Federal, deflagrou nesta quarta-feira (3) a Operação Cassandra, voltada a desarticular uma organização criminosa transnacional especializada no tráfico internacional de mulheres para exploração sexual. A ação contou com cooperação da EUROPOL e da Garda National Protective Services Bureau, da Irlanda, que simultaneamente realizou a Operation Rhyolite contra o mesmo grupo.

As investigações mostram que o esquema funcionava desde 2017 e tinha como alvo principalmente jovens em situação de vulnerabilidade financeira. Os integrantes da organização recrutavam as mulheres prometendo condições de trabalho e renda no exterior, mas ao chegar à Europa, elas se deparavam com realidade muito diferente: eram submetidas a exploração sexual e rígido controle pelos criminosos. Até o momento, cerca de 70 mulheres foram identificadas como vítimas.

Para maximizar os lucros e dificultar a detecção, a quadrilha usava diversos mecanismos de lavagem de dinheiro, fraudes documentais e crimes financeiros. A organização mantinha uma estrutura hierárquica e rígida, com integrantes responsáveis pelo recrutamento, transporte, recebimento de valores e gestão das vítimas no exterior.

No Brasil, a operação mobilizou 120 policiais federais e sete servidores da Receita Federal, com cumprimento de quatro mandados de prisão preventiva e 30 mandados de busca e apreensão em Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso, além de 13 medidas restritivas de direitos. Em Santa Catarina, as ações ocorreram em Florianópolis, São José, Camboriú, Biguaçu e Palhoça.

Na Irlanda, foram cumpridas quatro prisões e diversos mandados de busca em residências e estabelecimentos ligados à organização. Os investigados poderão responder por tráfico internacional de pessoas para fins de exploração sexual, rufianismo, lavagem de dinheiro, falsidade documental e crimes contra o sistema financeiro e a ordem tributária.

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