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Justiça

“Cecília terá uma vida brilhante, infelizmente sem a mãe”, conta familiar de grávida morta em Canelinha

Cecília, retirada brutalmente do ventre da vítima com um estilete, está saudável, informaram familiares

• Atualizado

Vitória Hasckel

Por Vitória Hasckel

Foto: Marcos Gonçalves | SCC SBT
Foto: Marcos Gonçalves | SCC SBT

Familiares de Flávia Godinho, a grávida morta em Canelinha, cederam entrevista ao SCC SBT na manhã desta quarta-feira (24), durante o julgamento de Rozalba Maria Grime, acusada de assassinar a vítima. Jennifer Costa, prima de Flávia, contou que a bebê, retirada brutalmente do ventre da vítima com um estilete, está saudável. A bebê foi ferida nas costas durante o crime.

“A Cecília está muito bem, muito saudável, é uma menina linda, vai ter uma vida brilhante, infelizmente sem a mãe por perto”, contou emocionada a familiar.

Jennifer afirmou que as famílias materna e paterna são muito unidas na criação da bebê, de um ano e três meses. “Estaremos sempre apoiando e cuidado dela como nossa princesa”, finalizou a prima.

Confira a entrevista de Jennifer Costa para o repórter do SCC SBT Ronaldo Penido

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Daniela Mafra, cunhada da vítima, disse não estar sendo fácil e que a família clama por justiça para ter um “conforto no coração”. “Para nós é muito complicado! Já se passaram um ano e três meses mas parece que foi ontem. Pedimos hoje justiça pela minha cunhada, por tudo que foi feito com ela e por tudo que passamos”, falou Daniela. “Não vai terminar aqui, jamais será esquecido, ela estará sempre na nossa memoria, mas que isso acabe e que a Justiça possa dar um ponto final no caso”, garantiu a cunhada.

Jurado passa mal e é substituído durante julgamento

Um dos jurados sorteados para participar do julgamento do assassinato da grávida em Canelinha passou mal durante o interrogatório da primeira testemunha e precisou ser substituído, na manhã desta quarta-feira (24). O jurado passou mal durante o relato do primeiro policial a chegar no local do crime. O juiz José Adilson Bittencourt Júnior explicou aos outros seis seis jurados do Conselho de Sentença os motivos da substituição do jurado.

Durante o testemunho, o policial civil afirmou que todos os atos de Rozalba Maria Grime, acusada de cometer o crime, demonstram que a ré havia planejado cada detalhe da morte. “O policial diz que a ré pesquisou na internet e com amigas que já eram mães como seriam os exames para comprovar o parto e forjar provas de que tinha dado à luz”, relatou o MPSC pelas redes sociais. A testemunha disse ainda que acusada não contribuiu com as apurações e tentou diversas vezes dificultar as investigações e induzir a polícia a erros.

Relembre:

Segundo as provas produzidas em inquérito policial, no dia 27 de agosto a investigada Rozalba Maria Grime teria levado a Flávia Godinho Mafra para um local, supostamente para participar de um chá de bebê surpresa, onde a golpeou com um tijolo e provocou seu desmaio. Na ocasião, a vítima estava grávida, e a investigada teria usado um estilete para realizar, de forma precária, o parto. A hemorragia do ferimento causou a morte da vítima.

Em seguida, a denunciada teria se encontrado com o companheiro e ido até o Hospital de Canelinha, onde informou que o filho da vítima era seu e que fizera o parto em via pública, solicitando, portanto, ajuda no pós-parto. A equipe do hospital que atendeu a demanda percebeu que as informações eram controversas e acionou a Polícia Militar, a qual constatou o crime.

Com informações de Ronaldo Penido | SCC SBT

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