Cavalo teve patas cortadas com facão enquanto estava vivo, aponta perícia
Laudo da Polícia Civil aponta que o animal sofreu golpes de facão enquanto ainda respirava
• Atualizado
A Polícia Civil confirmou que o cavalo mutilado pelo próprio tutor em Bananal, no interior de São Paulo, no sábado (16), ainda estava vivo quando teve as patas decepadas a golpes de facão. A informação foi divulgada, na quarta-feira (27), pelo delegado Rubens Luiz Fonseca Melo, que também encaminhou o laudo ao Ministério Público e ao Tribunal de Justiça do Estado, responsáveis por dar continuidade ao caso.
Leia Mais
O tutor, identificado como Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, participava de uma cavalgada quando o cavalo teria caído exausto. Ele confessou o crime em depoimento, alegando que acreditava que o animal já estava morto e afirmando que havia ingerido bebida alcoólica.
O caso foi registrado como maus-tratos contra animais, com agravante pela morte. O tutor chegou a ser preso, mas foi liberado após pagar fiança.
As imagens do cavalo mutilado caído em uma estrada rural viralizaram nas redes sociais e geraram comoção imediata. Diversos artistas e personalidades pediram justiça, entre eles a cantora Ana Castela, que deu grande visibilidade ao caso.
Apesar da gravidade, a legislação atual ainda prevê penas consideradas brandas. Segundo a advogada Mariana Rufino, presidente da Comissão de Proteção e Defesa Animal da OAB de São José dos Campos, crimes contra cavalos se enquadram apenas no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais, que estabelece detenção de três meses a um ano e multa. A “Lei Sansão”, que prevê de dois a cinco anos de prisão, só vale para cães e gatos. Para ela, a legislação precisa ser revista para incluir cavalos e bovinos, que hoje permanecem desprotegidos.
Com informações de SBT News.
>> Para mais notícias, siga o SCC10 no Instagram, Threads, Twitter e Facebook.
Quer receber notícias no seu whatsapp?
EU QUERO