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Justiça

Caso Jeff: acusados têm prisão preventiva decretada e responderão por homicídio

A Justiça do Rio de Janeiro aceitou denúncia contra os dois acusados de matar o ator Jeff Machado

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Redes Sociais/Reprodução
Foto: Redes Sociais/Reprodução

A 1ª Vara Criminal da Capital aceitou a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro contra os dois homens suspeitos de matarem o ator catarinense Jeff Machado. O corpo da vítima foi encontrado concretado em um baú enterrado numa casa em Campo Grande, Zona Oeste do Rio, em maio deste ano.

A justiça converteu a prisão temporária, de Bruno de Souza Rodrigues e de Jeander Vinicius da Silva Braga, em preventiva. A dupla é acusada pelo crime de homicídio qualificado e ocultação de cadáver do ator Jeff Machado.

De acordo com informações do processo, Bruno Rodrigues teria destruído aparelhos e chips telefônicos e entrado em contato com testemunhas para influenciar seus depoimentos na polícia. O suspeito queria atrapalhar a investigação.

“Relevante ressaltar, ainda, as declarações do denunciado Jeander, nas quais admite sua participação no homicídio de Jefferson e confirma a tentativa de eliminação de provas. A tentativa de influência nas declarações das testemunhas evidencia a necessidade de preservação da fonte testemunhal de prova, com a garantia de um ambiente de tranquilidade, livre de qualquer influência ou temor que certamente seria impossível garantir, senão pela manutenção de sua custódia cautelar”, destaca a decisão da justiça.

Dinâmica do assassinato de Jeff Machado

Por SBT News

O inquérito concluiu que Jeff Machado foi morto por motivo fútil no dia 23 de janeiro deste ano. O registro de desaparecimento foi feito no dia 27 do mesmo mês, depois que familiares e amigos estranharam a falta de informações e contatos feitos pelo ator. Segundo as investigações, a vítima foi dopada, asfixiada e estrangulada com um fio de telefone. O corpo foi colocado em um baú do próprio ator, enterrado e concretado nos fundos de um imóvel no bairro Campo Grande, na Zona Oeste, alugado por Bruno, em dezembro de 2022, exclusivamente para ocultar o cadáver.

As investigações revelaram que Bruno dizia que era produtor de uma emissora de televisão e prometeu um papel em uma novela para a vítima. O ator efetuou pagamentos, no valor total de R$ 25 mil, para conseguir a vaga e não percebeu que estava sendo enganado. Após constatar que não conseguiria continuar mantendo a farsa e obtendo vantagens financeiras, decidiu matar Jeff Machado.

Após assassinar o ator, Jeander transportou o corpo até o imóvel alugado, onde o mesmo foi enterrado. Ele foi o responsável por abrir o buraco onde foi depositado o baú com o cadáver da vítima. A DDPA concluiu que Bruno tentou vender o carro de Jeff e efetuou compras com os cartões da vítima, totalizando R$ 7 mil. Os autores também furtaram telefones, notebook, jaquetas de couro e televisão do ator.

Ainda após a morte, os oito cachorros do ator foram encaminhados para um centro espírita, no bairro Palmares, onde permaneceram em condições de maus-tratos físicos e psicológicos. Depois, foram abandonados na rua, o que também despertou atenção dos parentes e amigos da vítima. O responsável pelo local foi indiciado pelo crime de maus-tratos a animais.

Após o crime

Para encobrir o assassinato, Bruno teve acesso ao telefone de Jeff e manteve contato com a mãe dele e amigos, se passando pelo ator. Ele também utilizou as redes sociais da vítima para fazer postagens falsas.

Os policiais fizeram diversas diligências e, no dia 2 de junho, Jeander Vinicius da Silva Braga foi preso, no bairro Santíssimo, Zona Norte do Rio. Os agentes continuaram as buscas pelo segundo autor. Bruno de Souza Rodrigues foi detido durante ação conjunta de agentes da DDPA, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e de policiais militares da UPP do Vidigal, no dia 15 de junho.

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