Caso Henry: babá é indiciada por mentir à Polícia Civil
Promotoria suspeita que Thayná Oliveira foi coagida a negar envolvimento do Dr. Jairinho
• Atualizado
Uma contradição marcou a primeira fase de audiência do caso Henry Borel, no Rio de Janeiro. A babá Thayná Oliveira mudou novamente a versão contada à polícia e, agora, afirma não ter visto o padrasto do menino, o ex-vereador do Rio Jairo de Souza, o Dr. Jairinho, agredir a criança.
“Eu me senti usada pela Monique durante todo esse tempo, no sentido de que ela tentou me mostrar um monstro do Jairinho, mas eu nunca vi nada dele”, pontuou.
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Thayná havia falado à Polícia Civil, logo após o crime, que Jairo não tinha relação com a morte. Depois, disse que o padrasto era o agressor. Agora, deu a declaração similar à da primeira vez. Porém, a polícia revelou ter indiciado a babá por mentir à corporação naquela ocasião.
A promotoria suspeita que Thayná foi coagida a afirmar que Jairo não era responsável pelo ocorrido. A mãe dela trabalha na casa do pai do ex-vereador. Entretanto, a defesa nega ter havido coação.
A primeira parte do julgamento sobre a morte do menino Henry, de 4 anos, terminou no início da madrugada dessa quinta-feira (7), após o depoimento de dez testemunhas de acusação. Antes de falar, a babá pediu à juíza para retirar da sala a mãe da vítima, Monique Medeiros, alegando sentir medo dela.
O pai de Henry, Leniel Borel, também testemunhou e disse que estranhou quando o filho não quis voltar para a casa da mãe no último encontro que tiveram: “Quando ela desceu e foi chegando mais próximo, o Henry se desesperou mais ainda. Para mim foi muito estranho, lódigo, naquele momento, mas era a mãe. E eu: ‘vai filho, amanhã tem futebol, a mamãe é uma mamãe boa’. E o Henry: ‘não, papai, a mamãe não é uma mamãe boa”.
A criança morreu horas depois, no dia 8 de março, de hemorragia interna. A mãe o padrasto estão presos e são réus por homicídio. Em 14 de dezembro, o tribunal ouvirá as testemunhas de defesa.
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