Caso do bolo com arsênio: menino de 10 anos deixa UTI

Após dias internado, o menino de 10 anos que ingeriu bolo contaminado com arsênio em Torres, no Rio Grande do Sul, recebeu alta da UTI. O boletim médico do Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, divulgado na terça-feira (31), confirmou que ele continuará o tratamento com acompanhamento pediátrico na unidade.

O caso aconteceu em 23 de dezembro, quando sete membros da família participaram de um café da tarde e consumiram o bolo.

Três pessoas morreram, incluindo a avó do garoto, Neuza Denize Silva dos Anjos. Entre os sobreviventes, apenas o menino e Zeli dos Anjos, de 60 anos, que preparou o bolo, seguem internados.

A mulher está em estado estável, mas apresenta piora na função respiratória.

Investigação e suspeitas

Análises preliminares apontaram a presença de arsênio no sangue de uma vítima fatal e dois sobreviventes, sugerindo que a substância tóxica foi a causa das mortes.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul investiga o caso, considerando tanto a hipótese de intoxicação alimentar por produtos vencidos quanto a possibilidade de envenenamento intencional.

“A Delegacia de Polícia Civil de Torres, através do Delegado de Polícia Titular Marcos Vinicius Muniz Veloso, informa que nenhuma hipótese está descartada no atual momento da investigação. A equipe está trabalhando de forma ininterrupta para elucidar o fato, além de aguardar os resultados das provas periciais”, declarou a corporação em nota.

O delegado Marcos Vinicius revelou um detalhe que complicou ainda mais o caso: em setembro de 2024, o marido de Zeli morreu com sintomas semelhantes de intoxicação alimentar.

Embora a morte tenha sido inicialmente tratada como natural, o corpo será exumado para apurar a possibilidade de envenenamento.

Zeli foi a pessoa que consumiu a maior quantidade do bolo, com duas fatias, resultando na maior concentração de arsênio no sangue.

*Com informações do Metrópoles.

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