Casal encontrado com bebê desaparecido tem prisão preventiva decretada
Criança desapareceu no dia 30 de abril e foi encontrado na última segunda-feira (08)
• Atualizado
Em audiência de custódia realizada na tarde desta terça-feira (9), o casal preso ao ser encontrado com o menino catarinense, de 2 anos, em São Paulo, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. A informação foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. A criança foi vista pela última vez no dia 30 de abril em Florianópolis e encontrada em São Paulo na segunda-feira (08).
Na tarde desta terça-feira (09), uma coletiva de imprensa foi realizada na sede da Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina, em Florianópolis. O objetivo da Polícia Civil foi esclarecer dúvidas sobre o caso do desaparecimento da criança de dois anos.
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O menino desapareceu no dia 30 de abril e foi encontrado em São Paulo nesta segunda-feira (08). A informação foi confirmada pela Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), no início da noite de segunda. O menino foi visto pela última vez em Florianópolis, onde a família mora, e desde sexta-feira (5), a Polícia Civil atuava para localizá-lo.
A criança está com o Conselho Tutelar em São Paulo e a Polícia Militar e a Polícia Civil de Santa Catarina estão realizando os trâmites necessários para que ela retorne para o Estado.
Investigação segue com a polícia catarinense
O Inquérito Policial que investiga o desaparecimento segue sob responsabilidade da Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC).
A Delegada titular Delegacia de Proteção à Criança Infância, Mulher e Idoso (DPCAMI), de São José, Sandra Mara Pereira, enfatizou que os mandados de busca e apreensão foram expedidos rapidamente com a colaboração da justiça.
“Ele sempre foi prioridade para nós, desde o primeiro momento”, frisou.
Inicialmente a polícia tratou o caso como desaparecimento, mas a investigação identificação que a mãe sofreu assédio de um dos suspeitos durante dois anos para entregar o próprio filho.
“A mãe teria dito que conheceu esses familiares por meio de um grupo de ajuda e foi coaptada para entregar o filho”, explicou o delegado-geral. Os suspeitos estavam legando o bebê para entregá-lo à justiça, mas foram interceptados no caminho.
A Polícia trabalha com a hipótese de que os dois suspeitos, que estavam com a criança, teriam se convencido a entregar a criança como forma de se livrar da prisão.
PRF utilizou tecnologia para rastrear veículo com o bebê
Conforme o Delegado Geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) utilizou um software de identificação de placas para rastrear o veículo que estava com o menino no trajeto de Santa Catarina para São Paulo.
Uma filmagem enviada pela Polícia de São Paulo, no momento da abordagem, ajudou na identificação do bebê. Segundo o Subcomandante-geral da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), Coronel Alessandro José Machado, a polícia militar paulista interceptou o carro após receber a informação enviada pela investigação, obtida pela PRF.
O Capitão Leonardo Baccin, coordenador do SOS Desaparecidos, frisou a integração entre as instituições para a localização do menino.
“As estradas são o meio mais comum para o transporte dessas crianças”, o Secretário de Segurança Pública Paulo Cezar Ramos de Oliveira.
Celular foi peça fundamental na localização da criança
A Polícia Científica de Santa Catarina conseguiu desbloquear o aparelho celular da mãe da criança para a investigação acessar os aplicativos e obter as informações que ajudaram nas buscas. “Dentro de uma hora e meia conseguimos acessar o aparelho e obter as informações e conversas”, detalha a Perita-Geral da Polícia Científica de Santa Catarina, Andressa Boer Fronza.
Menino está sob responsabilidade do Estado de São Paulo
A Justiça de São Paulo deve analisar o caso e deferir se o bebê poderá voltar para Santa Catarina. O menino está em um abrigo e deve permanecer no local até uma decisão do Ministério Público.
“Nós não podemos impor prazo ao judiciário”, explica o Secretário de Segurança Pública Paulo Cezar Ramos de Oliveira. Não há um prazo para que a justiça decida com a criança deve permanecer, mas conforme o secretário, a expectativa é que o pequeno possa voltar para o estado.
“A determinação obtida pela polícia especifica que a avó materna fique com a tutela da criança”, explicou também o delegado-geral Ulisses Gabriel.
Os familiares ainda não poderão ter contato do bebê por questões legais. “Nós não temos como encaminhar a família para lá, a determinação específica que a criança seja encaminhada ao Conselho Tutelar ou a avó materna”, frisa secretário de Segurança Pública.
Em depoimento, a mãe contou que não recebeu dinheiro para entregar o filho. Conforme a delegada, a jovem de 22 anos estava fragilizada. “A mãe tem uma fragilidade emocional muito grande e isso contribuiu para ser convencida a entregar o filho”, destacou.
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